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Bia Kicis critica TSE por remoção de fake news; Orlando Silva defende

Em entrevista ao Boletim Metrópoles, os deputados federais comentaram sobre a decisão do TSE de aumentar o próprio poder de polícia

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Fábio Vieira/Metrópoles
fake news e urna eletrônica
1 de 1 fake news e urna eletrônica - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

Os deputados federais Bia Kicis (PL-DF) e Orlando Silva (PCdoB-SP) comentaram, no Boletim Metrópoles desta quinta-feira (20/10), sobre a resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que autoriza o aumento do poder de polícia da Justiça Eleitoral para enfrentar, com mais firmeza, a disseminação de informações falsas nas redes sociais.

Pela resolução, o prazo máximo a partir de agora para as plataformas retirarem do ar publicações com desinformação é de duas horas após a determinação de retirada da Justiça Eleitoral. Para Bia Kicis, a medida é uma “clara demonstração de censura”.

A parlamentar argumenta que, quando se trata de conteúdos de direita e em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL), o TSE não se limita a apenas fake news, mas também restringe “conteúdos de informação verdadeira e opinião”. Segundo Kicis, a remoção “fere a liberdade de expressão”.

“O que assistimos é um desequilíbrio grande na Justiça Eleitoral. Basta ver a quantidade de vezes que o PT recorreu para tirar conteúdos do presidente Bolsonaro […] Quem está causando essa censura? A campanha do PT”, aponta.

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As fake news são conhecidas pelo poder viral que têm; ou seja, espalham-se rapidamente, principalmente em tempos de eleição e vacinação, por exemplo. O objetivo dessas falsas informações é manipular o leitor para que, dessa forma, ele a consuma sem se preocupar em confirmar se é verdade ou não
Outro aspecto muito comum nas fake news é o apelo para com pessoas que têm baixa escolaridade e que se informam, principalmente, pelas redes sociais. Apesar disso, não é incomum que pessoas com mais estudos também sejam persuadidos, uma vez que conteúdos falsos apresentam intensivo viés político
Para não cair e não compartilhar fake news, sempre verifique as fontes que constam na informação. Se após realizar uma procura no Google, por exemplo, a fonte não se sustentar, não apresentar respaldo ou só ter sido mencionada na matéria em questão, esse é um mau sinal
Notícias precisam ter datas. Existem informações que foram dadas como verdadeiras no passado, mas não necessariamente representam o momento atual. Portanto, não se deixe enganar por matérias antigas que, por algum motivo, voltaram a circular. 
Isso é perigoso
Desconfie da informação se ela apresentar posicionamento extremo, acusatório e radical. Informações verídicas têm como base dados oficiais, apresentam mais de um ponto de vista e estão abertas ao contraditório. Fakes news costumam ser ferrenhas na defesa de uma questão e na recusa a ouvir o outro lado da história. Na verdade, o ataque é um ponto comum nas informações falsas
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Fake news são informações falsas vinculadas em meios de comunicação com o intuito de legitimar um ponto de vista e prejudicar iniciativas, grupos específicos ou pessoas específicas

Nipitphon Na Chiangmai / EyeEm/ Getty Images
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As fake news são conhecidas pelo poder viral que têm; ou seja, espalham-se rapidamente, principalmente em tempos de eleição e vacinação, por exemplo. O objetivo dessas falsas informações é manipular o leitor para que, dessa forma, ele a consuma sem se preocupar em confirmar se é verdade ou não

tommy/ Getty Images
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Outro aspecto muito comum nas fake news é o apelo para com pessoas que têm baixa escolaridade e que se informam, principalmente, pelas redes sociais. Apesar disso, não é incomum que pessoas com mais estudos também sejam persuadidos, uma vez que conteúdos falsos apresentam intensivo viés político

FilippoBacci/ Getty Images
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Para não cair e não compartilhar fake news, sempre verifique as fontes que constam na informação. Se após realizar uma procura no Google, por exemplo, a fonte não se sustentar, não apresentar respaldo ou só ter sido mencionada na matéria em questão, esse é um mau sinal

sorbetto/ Getty Images
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Notícias precisam ter datas. Existem informações que foram dadas como verdadeiras no passado, mas não necessariamente representam o momento atual. Portanto, não se deixe enganar por matérias antigas que, por algum motivo, voltaram a circular. Isso é perigoso

tommy/ Getty Images
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Desconfie da informação se ela apresentar posicionamento extremo, acusatório e radical. Informações verídicas têm como base dados oficiais, apresentam mais de um ponto de vista e estão abertas ao contraditório. Fakes news costumam ser ferrenhas na defesa de uma questão e na recusa a ouvir o outro lado da história. Na verdade, o ataque é um ponto comum nas informações falsas

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Outra forma bem simples de identificar uma fake news é conferir se veículos sérios de comunicação também deram a notícia. Se a informação estiver apenas em um local ou em locais desconhecidos, desconfie

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Além disso, jamais se informe apenas pelo título. É comum que chamadas para matérias sejam pensadas para atrair a atenção do leitor. Contudo, o título não carrega todas as informações. Para ter certeza do que trata o conteúdo, não deixe de ler toda a reportagem

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Antes de acreditar ou compartilhar uma informação, apure-a de todas as formas que puder e tenha em mente que as fake news se alimentam de compartilhamento. Ao criar ou repassar uma informação mentirosa, você se torna cúmplice e pode ser responsabilizado pelo feito. Cuidado!

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O E-Farsas, Agência Lupa, Fato ou Fake e Projeto Comprova são sites de fact-checking onde profissionais qualificados trabalham arduamente para verificar informações e, com certeza, podem ajudar na hora de verificar se um conteúdo é verdadeiro ou falso

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TSE se esforça para eleições “limpas e seguras”, diz Orlando Silva

O deputado federal Orlando Silva acredita que a medida do TSE de ampliar o próprio poder de polícia representa “esforço extraordinário para que possamos ter eleições limpas e seguras”.

O deputado reforça que vê empenho da Justiça Eleitoral para garantir a liberdade de expressão e, simultaneamente, impedir que as fake news distorçam a intenção de voto do eleitor brasileiro. “A fake news impacta não só nas eleições, mas na vida das pessoas. Podemos olhar o caso das vacinas, por exemplo”, cita.

Silva também diz lamentar pelo Congresso não ter aprovado o PL das Fake News, que pretende instituir uma ampla regulação das plataformas digitais, com o objetivo de combater a desinformação e dar mais transparência à moderação de conteúdo feita pelas próprias redes. “Minha expectativa é de que, após a eleição, o Congresso volte a examiná-la.”

TSE aumenta próprio poder de polícia

Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovaram por unanimidade, nesta quinta-feira (20/10), resolução que aumenta o poder de polícia da Justiça Eleitoral. A intenção é possibilitar que medidas mais duras e ágeis sejam tomadas contra as fake news na reta final das eleições. Conforme o presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes, é uma medida de enfrentamento à desinformação.

Pela resolução, assim que comunicadas pela Justiça Eleitoral, as plataformas devem fazer a imediata remoção das URLs, URIs ou URNs consideradas irregulares, sob pena de R$ 100 mil por hora após a determinação de retirada de desinformação das redes. O prazo máximo a partir de agora é de duas horas. Às vésperas da eleição, será de uma hora.

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