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Auxílio Brasil não se transformou em mais votos, diz Bolsonaro

Tentando se reeleger, o atual presidente negou exploração eleitoral do programa e afirmou que perdeu “de lavada” no Nordeste

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Presidente Bolsonaro faz pronunciamento sobre o novo auxílio emergêncial.
1 de 1 Presidente Bolsonaro faz pronunciamento sobre o novo auxílio emergêncial. - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente da República e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), disse, nesta sexta-feira (14/10), que o Auxílio Brasil não se transformou em mais votos. Também negou exploração eleitoral do programa, que foi turbinado às vésperas das eleições, substituindo o antigo Bolsa Família.

“Você vê, por exemplo, o Auxílio Brasil: era, em média, R$ 190 o Bolsa Família. Passamos para, no mínimo, R$ 600. Não se transformou em votos. Tanto é que eu perdi no Nordeste de lavada. Então, ninguém vem falar que é projeto eleitoreiro. É para atender a população”, afirmou em participação ao vivo no podcast Paparazzo Rubro-Negro.

O petista Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu vantagem em todos os estados nordestinos no primeiro turno, mas o atual presidente foi mais votado na região este ano do que em 2018 e tem focado sua propaganda em tentar conquistar ainda mais eleitores nordestinos, após ter sido criticado por relacionar a votação de Lula ao analfabetismo.

Bolsonaro tem utilizado o Auxílio Brasil como uma das principais armas na campanha para o segundo turno. A avaliação do presidente é de que o benefício, que aumentou para R$ 600 em sua gestão, foi pouco explorado no primeiro turno e precisa ser mais bem trabalhado na segunda etapa do pleito.

O Auxílio Brasil contempla 21,1 milhões de famílias, das quais 17,2 milhões são chefiadas por mulheres. Bolsonaro tem reforçado que o pagamento para elas é uma das medidas do governo em direção a esse público.

13º salário

No início de outubro, Bolsonaro anunciou intenção de pagar o 13º salário do Auxílio Brasil a 17 milhões de mulheres chefes de família no ano que vem. O eleitorado feminino é aquele com o qual ele enfrenta maior rejeição.

“Já está acertado [o 13º do Auxílio Brasil]. Só para as mulheres, são 17 milhões a partir do ano que vem”, disse Bolsonaro em coletiva de imprensa.

“Até por ser ano eleitoral, você não pode tratar desse assunto agora. É proibido pela lei eleitoral. A partir do ano que vem, 13º para o Auxílio Brasil”, completou.

Para cumprir a promessa, Bolsonaro precisará aprovar um projeto de lei no Congresso. Em março de 2022, o senador Alexandre Silveira (PSD-MG) apresentou proposta nesse sentido, mas ela não avançou.

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