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Atos com pedido de intervenção são registrados em 24 estados e no DF

A quantidade de protestos aumentou de 10 para 24 no fim da tarde desta quarta. Participam bolsonaristas que não reconhecem a eleição de Lula

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Bolsonaristas pedem intervenção federal
1 de 1 Bolsonaristas pedem intervenção federal - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

O número de estados nos quais milhares de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) realizam manifestações com pedido de “intervenção federal” aumentou, no fim da tarde desta quarta-feira (2/11). Ao menos 24 unidades da Federação têm atos de bolsonaristas que não reconhecem o resultado da eleição. Em Brasília, pessoas chegaram a estacionar no Cruzeiro, região administrativa do DF, e andar praticamente 1km até o QG do Exército para participar da movimentação.

Os bolsonaristas não aceitam a derrota do atual mandatário brasileiro nas eleições deste ano para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pedem intervenção para manter Bolsonaro no poder.

Há registro de atos em Goiás, Tocantins, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Pernambuco, Ceará, Piauí, Alagoas, Bahia, Paraíba, Sergipe, Rio Grande do Norte, Maranhão, Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia e Pará

Em pelo menos dois pontos do Rio de Janeiro (RJ), os simpatizantes de Bolsonaro exibiram faixas pedindo “intervenção militar”, “federal” e entoaram gritos de “prontos para a guerra” e “eu autorizo”. Um dos grupos se concentrou na Avenida Presidente Vargas, no Centro, em frente ao Comando Militar do Leste.

A pista lateral foi interditada, mas ainda não há interrupção no fluxo de carros. Nas imagens, é possível identificar que os veículos foram desviados para as faixas centrais. Outra movimentação foi registrada nas proximidades da Vila Militar, na zona oeste da capital fluminense.

Veja os vídeos:

Com centenas de bandeiras do Brasil, apoiadores do presidente citam o artigo 142 da Constituição Federal, que regulamenta a ação das Forças Armadas em território nacional. A interpretação da regra, no entanto, é equivocada: a legislação brasileira proíbe intervenção militar sob pretexto de “restauração da ordem”.

Vídeos: manifestantes em Brasília retiram da pauta “intervenção militar”

A Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMRJ) informou que está no local acompanhando de perto as manifestações, em conjunto com o Exército Brasileiro.

São Paulo

Na capital paulista, os bolsonaristas se reúnem do lado de fora do Comando Militar do Sudeste, localizado no Ibirapuera, zona sul. Os manifestantes rezaram e carregam faixas defendendo uma “intervenção federal”.

O Centro de Preparação de Oficiais da Reserva de São Paulo (CPOR/SP), localizado em Santana, na zona norte, também é um dos endereços que está recebendo grupos que clamam por uma ação antidemocrática dos militares.

Protestos bolsonaristas também no DF

Em Brasília, manifestantes descontentes com a vitória de Lula se reuniram ainda na noite de terça-feira (1º/11) em frente ao Quartel General do Exército, no Setor Militar Urbano, em Brasília. Na manhã desta quarta, o protesto com mais de mil pessoas tenta se descolar de pedidos relacionados à intervenção militar e até mesmo do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Veja fotos e vídeos:

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Manifestação ocorre em frente ao QG do Exército no SMU
Manifestantes pedem por intervenção militar
Mas artigo não autoriza uma intervenção militar.
Os manifestantes ainda cobram da Justiça uma imediata auditoria na Eleição 2022, já que para eles o pleito presidencial "foi fraudado"
O Metrópoles presenciou organizadores do ato pedindo aos novos manifestantes para que não usassem as faixas com pedido de intervenção militar
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Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro participam de manifestação contra o resultado das urnas

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Manifestação ocorre em frente ao QG do Exército no SMU

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Manifestantes pedem por intervenção militar

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Mas artigo não autoriza uma intervenção militar.

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Os manifestantes ainda cobram da Justiça uma imediata auditoria na Eleição 2022, já que para eles o pleito presidencial "foi fraudado"

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O Metrópoles presenciou organizadores do ato pedindo aos novos manifestantes para que não usassem as faixas com pedido de intervenção militar

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O Metrópoles presenciou organizadores do ato pedindo aos manifestantes que não usassem as faixas com pedido de intervenção militar e, ainda, que trocassem as blusas com o nome do atual presidente — ou colocassem ao contrário.

“Sem faixas que digam intervenção militar, nada de golpe, nada de regime. Nós estamos aqui fazendo uma manifestação pacífica”, explicaram aos populares.

“Estamos aqui para fazer com que o Exército, as Forças Armadas cumpram seu papel constitucional segundo juramento que fizeram à bandeira durante a incorporação, que é defender o povo brasileiro e a soberania do Brasil contra qualquer ameaça neste momento. O povo brasileiro está sendo ameaçado pelo comunismo do PT”, completaram.

Confira como foram as orientações em grupos bolsonaristas:

 

O papel constitucional ao qual se referem diz respeito ao artigo 142 da Constituição de 1988, que disciplina a função das Forças Amadas no país.

A declaração tem sido usada por brasileiros contrários ao presidente eleito para justificar uma espécie de autorização, ou legitimação constitucional, em que o Exército, a Marinha e a Aeronáutica atuem como um “poder moderador”, caso sejam convocados para uma “intervenção militar” e para “manter a ordem”. Juristas e ministros, no entanto, condenam tal interpretação.

Saiba o que é o artigo 142, e por que ele não autoriza uma intervenção militar.

Novos dados oficiais da Polícia Rodoviária Federal (PRF) apontam que o número de bloqueios e interdições nas rodovias do país caíram de 156 para 150, nesta quarta-feira (2/11). Mesmo após o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro (PL) na terça-feira (1º/11), os protestos se mantêm em ao menos 17 estados.

Auditoria nas eleições

Os manifestantes ainda cobram da Justiça imediata auditoria na Eleição 2022, já que para eles o pleito presidencial “foi fraudado”. Segundo o público, há provas de que as urnas foram manipuladas, e o material será entregue às autoridades competentes.

“Cobrar que sejam apuradas as denúncias contra as inserções de rádio no Nordeste, onde um dos candidatos foi claramente prejudicado”, argumentam.

 

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Em um mês, entre os dias 2 de outubro e 2 de novembro, o Distrito Federal registrou 86 crimes relacionados a violência política

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