Associação de bares e CNTur vão a TREs questionar lei seca na eleição
Acre, Amapá, Amazonas, Ceará, Roraima, Rio Grande do Norte, Maranhão, Mato Grosso do Sul e Tocantins tiveram lei seca no primeiro turno
atualizado
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A Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) e a Confederação Nacional de Turismo (CNTur) vão questionar 10 estados brasileiros que restringem a venda de bebidas alcoólicas no dia das eleições. Segundo os órgãos, a proibição prejudica o horário do almoço em restaurantes, bares e churrascarias, incluindo aqueles dentro de hotéis.
No primeiro turno, nove estados tiveram lei seca. Acre, Amapá, Amazonas, Ceará, Roraima, Rio Grande do Norte, Maranhão, Mato Grosso do Sul e Tocantins proibiram a venda de bebidas alcoólicas.
No Distrito Federal, a lei seca deixou de ser adotada nas eleições de 2018. No Rio de Janeiro, não há lei seca eleitoral desde 1996. Em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, a última lei seca em uma eleição ocorreu em 2006.
“A nossa categoria foi a que mais sofreu durante a pandemia. Os estabelecimentos ficaram longos períodos fechados e trabalhando com horários e espaços reduzidos devido aos decretos restritivos”, afirma Fábio Aguayo, presidente da Abrabar e diretor da CNTur.
Segundo Fábio, a lei seca é “um empecilho a mais para a recuperação da saúde financeira e manutenção dos empregos no setor”. Os pedidos serão encaminhados às secretarias de segurança e aos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) dos estados que mantêm a restrição.
“Nesse momento difícil, temos de celebrar a democracia, e a democracia é celebrada em nossos ambientes”, alegou.
As entidades também argumentam que a proibição apenas fomenta a clandestinidade. “Temos aí bares, restaurantes e churrascarias que acrescentam em seu orçamento 30% com almoço”, destacou.