“Assim como Lula, Bolsonaro mente”, rebate Sergio Moro
Presidente afirmou que o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública “achava que era o dono do ministério”
atualizado
Compartilhar notícia
O ex-ministro Sergio Moro (Podemos), pré-candidato à Presidência da República, rebateu, nesta segunda-feira (10/1), a declaração do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o ex-auxiliar “achar que era dono do ministério” de Justiça e Segurança Pública.
Nas redes sociais, o presidenciável do Podemos procurou acertar dois coelhos com uma cajadada, mirando também o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo Moro, “assim como Lula, Bolsonaro também mente” e “não é digno da Presidência”.
Veja:
Assim como Lula, Bolsonaro mente. Nada do que ele fala deve ser levado a sério. Mentiu que era a favor da Lava Jato, mentiu que era contra o Centrão, mentiu sobre vacinas, mentiu sobre a Anvisa e o Barra Torres e agora mente sobre mim. Não é digno da Presidência.
— Sergio Moro (@SF_Moro) January 10, 2022
Mais cedo, o Bolsonaro disse que seu ex-ministro achava que “era o dono do Ministério” e voltou a afirmar que Moro tentou barganhar a troca do então diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Valeixo, por uma indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF).
“No início do governo, ele colocou lá num conselho uma senhorita de nome Ilona Szabó, que quando eu vi eu falei: Essa senhora aqui não tem nada com o que a gente defende, as posições dela são bastante progressistas”, ressaltou Bolsonaro, em entrevista à Jovem Pan gravada na semana passada e exibida nesta segunda.
“No interessa se essa pessoa não assumir. ‘Ah, a gente precisa, para ter um contraponto’. Falei: Moro, contraponto já tem a imprensa. Não tem que colocar gente lá para dar pancada em você, para pegar o que acontece lá e jogar na imprensa. Levei três dias para demitir essa mulher. Ele passou a achar que era o dono do ministério”, completou Bolsonaro.
Após o episódio envolvendo a troca do diretor-geral da PF, Moro deixou o governo, em abril de 2020, e acusou o presidente de interferência política na corporação.