metropoles.com

À véspera da eleição, campanha presidencial já gastou R$ 236 mi

No pleito deste ano, Lula e Bolsonaro investiram o montante, sobretudo, em produção de vídeos e promoção de conteúdo nas redes sociais

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Daniel Ferreira/Metrópoles
Palácio do Planalto em Brasília – Brasília – DF 22/03/2016
1 de 1 Palácio do Planalto em Brasília – Brasília – DF 22/03/2016 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

A eleição para a Presidência da República, que se encerrará neste domingo (30/10), movimentou R$ 236 milhões, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O valor, apesar de parcial, já supera o montante gasto em 2018, que foi de R$ 218 milhões.

A maior parte do montante refere-se a despesas com publicidade e promoção de conteúdo nas redes sociais.

Os postulantes têm até 1º de novembro para prestar contas do primeiro turno da eleição. Para o segundo, o prazo vai até 29 de novembro, 30 dias após o pleito.

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera o ranking, com R$ 88,1 milhões investidos na campanha. Do total, R$ 25,9 milhões para contratação de uma empresa de produção audiovisual. Outros R$ 11,4 milhões tiveram como destino anúncios, divididos entre R$ 10,4 milhões para o Google e R$ 1,05 milhões para o Facebook.

Em comparação com a eleição passada, o petista gastou quase o dobro do colega de partido, Fernando Haddad (PT), que totalizou R$ 37,5 milhões em 2018.

Jair Bolsonaro (PL), que desembolsou R$ 42,4 milhões, também investiu mais na produção de conteúdo em vídeo (R$ 10,3 milhões). Um total de R$ 8,1 milhões foi direcionado ao Partido Liberal, responsável pela contratação de serviços diversos.

No último pleito, as despesas de campanha do atual mandatário ficaram em apenas R$ 2,4 milhões. O campeão daquele ano foi Henrique Meirelles (MDB), que gastou R$ 57 milhões, seguido de Geraldo Alckmin (PSDB), com R$ 53 milhões.

Apesar da bolada investida, nenhum chegou ao segundo turno.

Nas eleições deste ano, Ciro Gomes (PDT) desembolsou R$ 35 milhões; Simone Tebet, R$ 33 milhões; e Soraya Thronicke, R$ 30 milhões.

Veja o ranking dos presidenciáveis:

Fontes de receita da eleição

Lula também ficou à frente de Bolsonaro no valor arrecadado para a campanha. Foram R$ 126,8 milhões recebidos, sobretudo da direção do partido. A sigla investiu R$ 122,16 milhões no petista, o equivalente a 96% do total.

A segunda principal fonte de renda da campanha nesta eleição veio do financiamento coletivo, que angariou R$ 1,95 milhões para promover a candidatura de Lula.

Entre os doadores individuais, em primeiro lugar está Altair Vilar, empresário e ex-vereador mineiro que investiu R$ 600 mil. Em segundo, está Beatriz Bracher, irma do ex-presidente do Itau Candido Bracher. Ela doou R$ 150 mil à campanha.

A principal fonte de renda de Bolsonaro também foi o diretório do seu partido, com R$ 17,03 milhões. Em segundo lugar, vem o advogado e pastor evangélico Fabiano Campos Zettel, que, sozinho, doou R$ 3 milhões. A ajuda única chegou após o primeiro turno, em 10 de outubro.

Outros empresários, como o dono da Localiza Aluguel de Carros, Fabiano Campos Zettel; o proprietário do grupo Amaggi, Hugo de Carvalho Ribeiro; e o dono da Havan, Luciano Hang, bancaram, juntos, R$ 4,02 milhões em doações ao mandatário do país.

Menores gastos

Na outra ponta do ranking, três candidatos à Presidência da República tiveram gastos inferiores a R$ 1 milhão nesta eleição. Sofia Manzano (PCB) foi quem menos investiu, de acordo com os dados que constam no sistema do TSE até o momento. Ela declarou ter desembolsado apenas R$ 2,4 mil na campanha.

Ao todo, Mazano recebeu R$ 22,3 mil, a maioria dos recursos — R$ 19 mil — vindo de financiamento coletivo. O prazo para prestação de contas do primeiro turno vai até 1º de novembro.

O candidato Constituinte Eymael, do Democracia Cristã, somou R$ 383,9 mil em recursos investidos na campanha.

Ele gastou R$ 116 mil na locação de um veículo, R$ 75 mil para a produção de vídeos, e R$ 90 mil em serviços de contabilidade e marketing. Eymael, que concorreu pela quinta vez em uma eleição ao Planalto, recebeu R$ 1,1 milhão dos diretórios nacional e estadual da legenda.

Fechando o grupo de presidenciáveis que menos gastaram, está Vera Lúcia (PSTU), com R$ 903,5 mil. A maior parte do valor foi destinado à contratação de serviços gráficos. Ela teve R$ 1,3 milhão de recursos disponíveis, montante transferido do partido, de doações de pessoas físicas e financiamento coletivo.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?