Após vencer em 3 estados, PT vai governar para 11 milhões de eleitores
Partido disputa o segundo turno em outros quatro estados, incluindo São Paulo, maior colégio eleitoral do país
atualizado
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O Partido dos Trabalhadores (PT) terminou a primeira fase da corrida pelos governos estaduais à frente das outras legendas, com três governadores eleitos já no primeiro turno, que ocorreu no último domingo (2/10). Os petistas levaram a melhor no Ceará, com Elmano de Freitas, no Piauí de Rafael Fonteles, e no Rio Grande do Norte, onde reelegeu Fátima Bezerra. Somados, os estados acumulam 11,9 milhões do eleitorado brasileiro.
A sigla ainda disputa o segundo turno em quatro unidades da Federação: Bahia, Santa Catarina, São Paulo — maior colégio eleitoral — e Sergipe. Na sequência, o PP, União Brasil e o MDB elegeram dois representantes cada em primeiro turno.
Legenda resultante da fusão entre PSL e DEM, o União estreou nas eleições de 2022 vencendo em Goiás, com a reeleição de Ronaldo Caiado e de Mauro Mendes, em Mato Grosso, e somou 6 milhões de eleitores. Candidatos da sigla enfrentarão o segundo turno no seguintes estados: Alagoas, Amazonas, Bahia e Rondônia.
O União Brasil é a legenda que abocanhou a maior fatia do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) — mais conhecido como Fundo Eleitoral ou Fundão —, no pleito deste ano: R$ 782,5 milhões do , de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Em 2022, o União lançou uma candidata à Presidência da República, a senadora Soraya Thronicke, que obteve 0,51% dos votos (pouco mais de 600 mil eleitores) e ficou na 5ª posição na corrida.
Já Movimento Democrático Brasileiro (MDB) garantiu a vitória de Ibaneis Rocha, no Distrito Federal, e de Helder Barbalho no Pará, que juntos, têm 8 milhões de pessoas aptas a votar. O partido se mantém na disputa em Alagoas, onde o representante da legenda, Paulo Dantas, disputa com Rodrigo Cunha (União) o governo do estado.
Partidos como o Novo e PL, apesar de elegerem representantes em apenas um estado, concentram um grande número do eleitorado, pois venceram em Minas Gerais, que tem 16 milhões de eleitores, e Rio de Janeiro, com 12 milhões.
Veja como ficou o cenário para cada partido no primeiro turno:
Ao todo, 12 estados terão segundo turno, no próximo 30 de outubro. As siglas mais recorrentes na disputa são União Brasil, PT, PL e PSDB. Confira o panorama:
Desempenho da esquerda
Além do PT, partidos de esquerda não tiveram muito sucesso. PCdoB, PV e PSol não elegeram nenhum candidato nem irão para o segundo turno. O PSB conquistou a cadeira de governador do Maranhão, com Carlos Brandão, também em primeiro turno.
Comparação com 2018
Há quatro anos, o PSDB e o PT foram os estados que concentraram o maior eleitorado, com 43 milhões e 21 milhões, respectivamente. Apesar de ter vencido em menos estados — três contra quatro dos petistas —, os tucanos elegeram João Dória em São Paulo, maior colégio eleitoral do país e, por isso, tiveram vantagem numérica. Os outros estados em que o PSDB levou a melhor foram Mato Grosso do Sul, com Reinaldo Azambuja, e Rio Grande do Sul, de Eduardo Leite.
Enquanto isso, o PT elegeu Fátima Bezerra no Rio Grande do Norte, Wellington Dias no Piauí, Camilo Santana no Rio de Janeiro e Rui Costa na Bahia, quarto estado com mais eleitores aptos a votarem em 2018.
Em 2018, o DEM, que se dissolveu para formar o União Brasil, conquistou dois estados: Goiás, com Ronaldo Caiado, e Mato Grosso, com Mauro Mendes, somando 6 milhões eleitores sob comando da sigla. Por sua vez, o PSL elegeu três governadores: Coronel Marcos Rocha, em Rondônia; Antonio Denarium, em Roraima; e Comandante Moisés, em Santa Catarina, que juntos, também totalizaram 6 milhões.
O Novo conquistou apenas um governo estadual, mas figura em terceiro lugar no ranking, com 15 milhões. Isso porque Minas Gerais, onde Romeu Zema se saiu melhor, tem o segundo maior eleitorado do país.
Veja a lista de partidos vencedores da última eleição: