De acordo com a pesquisa, Lula tem 69% das intenções de voto para o segundo turno nos estados nordestinos. Bolsonaro tem 26%. Entre os moradores da região, 2% disseram votar em branco ou nulo, e outros 2% não sabem ou não responderam.
No Sul do país, todavia, é o atual mandatário quem lidera a pesquisa, com 54% das intenções de voto. Nessa região, Lula tem 37%. Outros 6% disseram votar em branco ou nulo, e 3% não responderam ou não sabem.
Este é o primeiro levantamento divulgado após as críticas sobre a divergência entre o resultado real das urnas no primeiro turno e as projeções feitas por diversos institutos de pesquisa na véspera da eleição.
Na pesquisa desta semana, Lula tem 51% das intenções de voto de todo o país. Bolsonaro tem 43%. Brancos e nulos somam 4%. Além disso, 2% dos entrevistados não sabem em quem votar ou não responderam.
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Em época de eleição, as pesquisas eleitorais são, quase sempre, termômetros importantes para acompanhar o cenário político. No entanto, não é raro observar resultados divergentes entre pesquisas que foram realizadas durante o mesmo período. Isso, na verdade, não aponta erro, mas explica como certas metodologias adotadas por empresas podem influenciar resultados
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Quando não se entende como os estudos são feitos, é comum achar que institutos podem estar tentando manipular resultados. Afinal, por qual motivo as pesquisas eleitorais são tão diferentes e erram tanto, não é mesmo? A resposta é simples: dependendo do local, da escolha de abordagem e até do momento em que as pesquisas são feitas, os resultados podem divergir
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As pesquisas eleitorais são um retrato do momento que os dados foram coletados. Elas não funcionam em tempo real. Por exemplo, se a intenção de voto para um candidato A é alta, mas no dia seguinte as coisas mudam pois ele se envolveu em polêmicas, a pesquisa estará desatualizada e não corresponderá mais à intenção do público
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A metodologia utilizada também pode ser uma variante. As perguntas feitas pelas empresas e até mesmo a abordagem utilizada influenciam na resposta do público
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Por exemplo, levemos em consideração que a empresa B escolheu realizar a pesquisa eleitoral entregando uma lista com nome dos candidatos para que a pessoa possa circular. A empresa C optou por abordar verbalmente pessoas na rua para descobrir a intenção de voto delas. A chance da empresa A conseguir mais participantes na pesquisa é superior às chances da empresa C, e isso já influencia no resultado de uma para a outra
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Além disso, apresentar estímulos que podem afetar a resposta do eleitor, fazer a entrevista pessoalmente, por e-mail ou por telefone e até a ordem das palavras pode desestimular ou estimular a participação. Levando em consideração que várias empresas realizam enquetes, obviamente os resultados serão conflitantes
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O local onde as pesquisas são feitas também pode fazer diferença. Geralmente, áreas onde a renda dos habitantes é baixa, determinados partidos tendem a ganhar, assim como locais onde a renda dos habitantes é mais alta, a preferência por outro determinado partido é nítida. Se um instituto conseguir entrevistar mais pessoas em um local e não no outro, o resultado também será influenciado
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Ou seja, em termos práticos, as empresas, muitas vezes, não estão erradas. As diferenças metodológicas das pesquisas é que definem o resultado
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Apesar de o que possa parecer, as diferenças entre as pesquisas não são mal vistas. Elas, na verdade, ajudam os institutos a compararem os resultados e melhorarem a abordagem para obter resultados mais exatos no futuro
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Quando considerados apenas os votos válidos, desconsiderando brancos e nulos, Lula fica com 55% das intenções de voto, e Bolsonaro, 45%.
O Ipec ouviu 2 mil pessoas entre segunda (3/10) e quarta-feira (5/10), em 129 municípios brasileiros. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com índice de confiança de 95%. O estudo tem registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob protocolo BR-02736/2022.
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