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Após erros, Ipec mostra Lula líder no Nordeste e Bolsonaro, no Sul

Este é o primeiro levantamento divulgado após críticas sobre a divergência entre o resultado real das urnas e as projeções

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Lula e Bolsonaro em preto e branco e fundo amarelo
1 de 1 Lula e Bolsonaro em preto e branco e fundo amarelo - Foto: Arte/Metrópoles

Após polêmicas sobre divergências entre as projeções e os resultados do primeiro turno das eleições, o Ipec (antigo Ibope) divulgou, na quarta-feira (5/10), levantamento com dados sobre o segundo turno. Os números apontam que, assim como no primeiro turno das eleições, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é mais popular entre os eleitores do Nordeste. Por sua vez, Jair Bolsonaro (PL) tem mais eleitores no Sul do país.

De acordo com a pesquisa, Lula tem 69% das intenções de voto para o segundo turno nos estados nordestinos. Bolsonaro tem 26%. Entre os moradores da região, 2% disseram votar em branco ou nulo, e outros 2% não sabem ou não responderam.

No Sul do país, todavia, é o atual mandatário quem lidera a pesquisa, com 54% das intenções de voto. Nessa região, Lula tem 37%. Outros 6% disseram votar em branco ou nulo, e 3% não responderam ou não sabem.

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Este é o primeiro levantamento divulgado após as críticas sobre a divergência entre o resultado real das urnas no primeiro turno e as projeções feitas por diversos institutos de pesquisa na véspera da eleição.

Na pesquisa desta semana, Lula tem 51% das intenções de voto de todo o país. Bolsonaro tem 43%. Brancos e nulos somam 4%. Além disso, 2% dos entrevistados não sabem em quem votar ou não responderam.

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Quando não se entende como os estudos são feitos, é comum achar que institutos podem estar tentando manipular resultados. Afinal, por qual motivo as pesquisas eleitorais são tão diferentes e erram tanto, não é mesmo? A resposta é simples: dependendo do local, da escolha de abordagem e até do momento em que as pesquisas são feitas, os resultados podem divergir
As pesquisas eleitorais são um retrato do momento que os dados foram coletados. Elas não funcionam em tempo real. Por exemplo, se a intenção de voto para um candidato A é alta, mas no dia seguinte as coisas mudam pois ele se envolveu em polêmicas, a pesquisa estará desatualizada e não corresponderá mais à intenção do público
A metodologia utilizada também pode ser uma variante. As perguntas feitas pelas empresas e até mesmo a abordagem utilizada influenciam na resposta do público
Por exemplo, levemos em consideração que a empresa B escolheu realizar a pesquisa eleitoral entregando uma lista com nome dos candidatos para que a pessoa possa circular. A empresa C optou por abordar verbalmente pessoas na rua para descobrir a intenção de voto delas. A chance da empresa A conseguir mais participantes na pesquisa é superior às chances da empresa C, e isso já influencia no resultado de uma para a outra
Além disso, apresentar estímulos que podem afetar a resposta do eleitor, fazer a entrevista pessoalmente, por e-mail ou por telefone e até a ordem das palavras pode desestimular ou estimular a participação. Levando em consideração que várias empresas realizam enquetes, obviamente os resultados serão conflitantes
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Em época de eleição, as pesquisas eleitorais são, quase sempre, termômetros importantes para acompanhar o cenário político. No entanto, não é raro observar resultados divergentes entre pesquisas que foram realizadas durante o mesmo período. Isso, na verdade, não aponta erro, mas explica como certas metodologias adotadas por empresas podem influenciar resultados

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Quando não se entende como os estudos são feitos, é comum achar que institutos podem estar tentando manipular resultados. Afinal, por qual motivo as pesquisas eleitorais são tão diferentes e erram tanto, não é mesmo? A resposta é simples: dependendo do local, da escolha de abordagem e até do momento em que as pesquisas são feitas, os resultados podem divergir

AnthiaCumming/ Getty Images
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As pesquisas eleitorais são um retrato do momento que os dados foram coletados. Elas não funcionam em tempo real. Por exemplo, se a intenção de voto para um candidato A é alta, mas no dia seguinte as coisas mudam pois ele se envolveu em polêmicas, a pesquisa estará desatualizada e não corresponderá mais à intenção do público

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A metodologia utilizada também pode ser uma variante. As perguntas feitas pelas empresas e até mesmo a abordagem utilizada influenciam na resposta do público

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Por exemplo, levemos em consideração que a empresa B escolheu realizar a pesquisa eleitoral entregando uma lista com nome dos candidatos para que a pessoa possa circular. A empresa C optou por abordar verbalmente pessoas na rua para descobrir a intenção de voto delas. A chance da empresa A conseguir mais participantes na pesquisa é superior às chances da empresa C, e isso já influencia no resultado de uma para a outra

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Além disso, apresentar estímulos que podem afetar a resposta do eleitor, fazer a entrevista pessoalmente, por e-mail ou por telefone e até a ordem das palavras pode desestimular ou estimular a participação. Levando em consideração que várias empresas realizam enquetes, obviamente os resultados serão conflitantes

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O local onde as pesquisas são feitas também pode fazer diferença. Geralmente, áreas onde a renda dos habitantes é baixa, determinados partidos tendem a ganhar, assim como locais onde a renda dos habitantes é mais alta, a preferência por outro determinado partido é nítida. Se um instituto conseguir entrevistar mais pessoas em um local e não no outro, o resultado também será influenciado

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Ou seja, em termos práticos, as empresas, muitas vezes, não estão erradas. As diferenças metodológicas das pesquisas é que definem o resultado

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Apesar de o que possa parecer, as diferenças entre as pesquisas não são mal vistas. Elas, na verdade, ajudam os institutos a compararem os resultados e melhorarem a abordagem para obter resultados mais exatos no futuro

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Quando considerados apenas os votos válidos, desconsiderando brancos e nulos, Lula fica com 55% das intenções de voto, e Bolsonaro, 45%.

O Ipec ouviu 2 mil pessoas entre segunda (3/10) e quarta-feira (5/10), em 129 municípios brasileiros. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com índice de confiança de 95%. O estudo tem registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob protocolo BR-02736/2022.

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