Após dar “bolo” em Lula, Kalil diz querer aliança formal com o petista
Ex-prefeito faltou a eventos em MG, mas disse que quer “andar de mãos dadas” com o petista, para enfrentar Zema, que tem apoio de Bolsonaro
atualizado
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Após faltar a eventos com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta semana, em Belo Horizonte e Contagem, o ex-prefeito da capital mineira Alexandre Kalil (PSD) disse, em entrevista ao Uol, que pretende fazer uma aliança formal com o petista. Kalil será candidato do PSD ao governo do estado e enfrentará o atual governador Romeu Zema (Novo), que tentará a reeleição e é alinhado ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
“O que o candidato Alexandre Kalil quer é uma aliança formal com o presidente Lula”, disse o ex-petista, ao participar da sabatina com os pré-candidatos ao governo de Minas Gerais.
Kalil atribuiu à oposição tentativas de minar sua aliança com Lula, a quem chamou de “grande líder”. “Eu tenho uma visão humana, como o presidente Lula”
Ele fez questão de demarcar seu campo político em contraposição a Zema que, segundo ele, foi “abraçado e acarinhado” por Bolsonaro.
“O que não quero é ir sem mão dada, sem aliança [com o Lula], porque isso tecnicamente prejudica uma campanha. Há um esforço muito grande da oposição de tentar minar essa aliança”, declarou.
A ausência de Kalil em eventos com Lula para os quais foi convidado contou com estranhamento do PT, que buscava selar a aliança com o ex-prefeito nesta semana, quando o petista cumpre agenda de pré-campanha nas cidades de Belo Horizonte, Contagem e Juiz de Fora.
No PT, o assunto foi tratado com ponderação e lideranças ligadas a Lula chegaram a comentar que era necessário dar mais tempo para fechar o acordo com o PSD em Minas Gerais.
O principal impasse na possível aliança refere-se à disputa pela vaga ao Senado. O PT lançou o nome de Reginaldo Lopes à vaga e até admite uma chapa com dois candidatos, contemplando o desejo do PSD de defender a candidatura do senador Alexandre Silveira, político que se prepara para assumir a liderança do governo de Bolsonaro no Senado.
Já o PSD mineiro quer exclusividade e tem pressionado o PT a aceitar Silveira na chapa.