Apoiadores de Lula e Bolsonaro planejam comemorações em SP, DF e BH
Grupos bolsonaristas e lulistas devem ocupar a Avenida Paulista, a Praça da Liberdade, em BH, e a área central de Brasília neste domingo
atualizado
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O segundo turno das eleições 2022, marcado para este domingo (30/10), colocará fim a uma acirrada disputa entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). Dos dois lados, apoiadores se preparam para ocupar as ruas durante a apuração dos votos e celebrar o resultado, caso saia vencedor.
Nas grandes capitais, grupos bolsonaristas e lulistas de São Paulo (SP), Brasília (DF) e Belo Horizonte (MG) manifestaram interesse em ocupar vias públicas após o segundo turno.
No maior colégio eleitoral do país, São Paulo, a Justiça do estado decidiu que a Avenida Paulista será do vencedor da eleição presidencial, na noite de domingo. A decisão ocorreu depois que grupos ligados aos dois candidatos declararam interesse em ocupar a via a fim de comemorar o resultado.
De acordo com a Polícia Militar, do lado bolsonarista, ao menos três caminhões de som devem se posicionar na avenida a partir das 17h.
Em Brasília, a expectativa é que os dois grupos se aglomerem na áerea central da capital federal. O início da concentração está previsto para às 17h. Os apoiadores de Lula e Bolsonaro serão separados por uma distância de um quilômetro e meio.
O grupo favorável ao presidente e candidato à reeleição vai para a Esplanada dos Ministérios. Já os eleitores de Lula vão ficar nas proximidades da Torre de TV.
Na capital de Minas Gerais, estado onde se concentra o segundo maior número de eleitores do país, lulistas devem se reunir na Praça da Liberdade, a partir das 18h de domingo, para o evento chamado “Ato Vitória da Democracia”. As informações foram confirmadas pela prefeitura de Belo Horizonte. O órgão não informou se haverá manifestações de grupos bolsonaristas.
O Metrópoles também questionou a prefeitura e a Polícia Militar do Rio de Janeiro sobre eventuais comemorações na capital. A Prefeitura afirmou que, até a tarde dessa sexta-feira (28/10), não foram feitas solicitações oficiais de eventos para celebrar o resultado das eleições.
A PM, por sua vez, informou que elaborou um planejamento especial para garantir que o pleito “transcorra em clima de paz”. “Serão empregados extraordinariamente cerca de 17 mil policiais militares para atuar no patrulhamento de vias públicas, locais de votação, escolta das urnas e segurança de prédios que vão abrigar as instituições responsáveis pelo pleito eleitoral”, disse, em nota.
Pesquisas
As pesquisas eleitorais divulgadas na última semana antes do segundo turno indicam o candidato do PT à frente da disputa. No levantamento do Datafolha, divulgado nessa quinta-feira (27/10), o petista tem 53% dos votos válidos contra 47% do atual presidente. O cenário se mantém estável com poucas variações dos dois candidatos na maioria dos institutos, desde o final do primeiro turno.
O Ipec mostra a mesma estabilidade. Na consulta divulgada na segunda-feira (24/10), Lula marcou 54%, e Bolsonaro, 46%. O ex-presidente pontuou 55% nos dois primeiros levantamentos após o primeiro turno, variou para 54% no terceiro e, em seguida, manteve o percentual. Bolsonaro passou de 45%, nos dias 5 e 10 de outubro, para 46% nas sondagens mais recentes.
Segundo turno
Neste domingo, mais de 156 milhões de eleitores estão aptos a ir às urnas no segundo turno das eleições. Além da disputa presidencial, 12 estados escolherão o representante que vai ocupar o cargo de governador pelos próximos quatro anos.
São eles: Alagoas, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo.
As sessões eleitorais ficarão abertas entre 8h e 17h, horário de Brasília, em todo o país. A votação ocorre em 5.570 municípios brasileiros e em 181 cidades do exterior.
Mais de 300 cidades terão transporte público gratuito para os eleitores, segundo levantamento feito pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) e pelo Tarifa Zero BH. O número é cinco vezes maior do que no primeiro turno, quando 62 cidades brasileiras adotaram o sistema.