Ao lado de Bolsonaro, Datena diz que se manterá neutro sobre 2º turno
Apesar de manter contato com o candidato à reeleição, apresentador disse que não pode se posicionar por ser jornalista
atualizado
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O jornalista e apresentador José Luiz Datena afirmou, na tarde desta sexta-feira (7/10), que não pode declarar apoio ao presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), no segundo turno das eleições, devido à neutralidade que deve ter como jornalista. A segunda rodada do pleito acontecerá no dia 30 de outubro.
“A minha empresa, Band, é uma empresa neutra. Eu não posso me posicionar em relação apoio direto ao presidente. Não posso apoiar o presidente. Nem o presidente Bolsonaro, nem o presidente Lula, porque na realidade eu sou jornalista. […] Não seria ético e nem leal com minha empresa que eu assumisse uma posição. Mas vim aqui agradecer o presidente pelo que ele fez por mim”, pontuou o apresentador.
“Como jornalista, eu jamais poderia negar um convite do presidente da República. Vocês jornalistas, se fossem convidados, viriam aqui. Meu interesse aqui é puramente jornalístico. É um dos dois únicos candidatos à Presidência da República, quem me convidar, eu falo!”, completou.
Datena foi um dos únicos jornalistas que entrevistou Bolsonaro durante o governo.
Havia expectativa, inclusive, de Datena disputar uma vaga ao Senado Federal pelo estado de São Paulo, pelo PSC. Ele, no entanto, desistiu da candidatura para continuar apresentando o Brasil Urgente, famoso jornal de acontecimentos do cotidiano paulista.
“Eu declinei da posição de sair candidato ao Senado porque achei que poderia atrapalhar a campanha por conta dos ruídos. O presidente foi firme e manteve a palavra até o fim. Quem não tem gratidão, não tem caráter”, disse Datena.
Embora não tenha demonstrado apoio explícito à reeleição de Bolsonaro, Datena destacou que “como cidadão” é “grato” ao presidente da República.
“Como cidadão, queria agradecer ao presidente Bolsonaro porque o que minha mãe, lá em Ribeirão Preto, me ensinou é que eu tenho que ser grato a quem é leal com você. Durante a campanha política em que eu estive ao lado do presidente, sofri muitos ataques, inclusive por parte da militância do presidente. Mesmo assim, o presidente me lançou candidato ao Senado”, finalizou.