Alckmin define viagens e ajudará Lula em reaproximação com médicos
O ex-tucano é médico. O PT acredita que precisa reconstruir pontes com a categoria, que ficou descontente após a criação dos Mais Médicos
atualizado
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O ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), que será candidato a vice-presidente na chapa do petista Luiz Inácio Lula da Silva, já prepara uma agenda de viagens para ajudar na campanha do petista.
Alckmin deve acompanhar Lula na ida a Minas Gerais, na próxima semana, e sua presença tem sido considerada imprescindível nas viagens que Lula fará ao Rio Grande do Sul e à Santa Catarina ainda no mês de maio.
Nesta segunda-feira (2/5), Alckmin participou de reunião do núcleo de coordenação da campanha de Lula destinada a avaliar o cenário de cada estado, com base em pesquisas encomendadas pelo PT ao instituto Vox Populi.
Alckmin disse ainda que espera acertar nesta terça-feira (3/5) o roteiro de viagens com o ex-ministro Luiz Dulci, coordenador da parte de agenda da campanha.
Ao sair da reunião de avaliação, o ex-governador disse que essa parte da campanha é que ele mais gosta. “Essa é a lógica da campanha. Depois que você se elege, as pessoas se inibem um pouco, se policiam. Na campanha tem essa parte mais gostosa que você sente mais o povo”, disse Alckmin.
“A ideia é que ele tenha uma participação ativa no processo de campanha, mas não é só visitando todas as agendas que Lula está. Ele tem papel importante e terá que fazer algumas visitas sozinho. Já tem uma demanda. Estados do sul querem muito a presença do Alckmim”, destacou Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT.
No primeiro momento, o ex-governador estará mais presente nas agendas de Lula. Na avaliação de petistas, é necessário que a imagem dos dois juntos seja bastante divulgada e tenha aceitação pelas lideranças que vão compor a frente. Mais para o meio da campanha, Alckmin deverá se dedicar a agendas e viagens próprias.
Pontes
Na campanha, além das viagens a estados onde Alckmin participará efetivamente do fechamento das chapas, como é o caso do Rio Grande do Sul, onde o PSB tem o ex-deputado Beto Albuquerque como pré-candidato e o PT ainda aposta no deputado estadual Edegar Pretto, o PT espera ainda que Alckmin possa atuar na reconstrução de pontes com categorias profissionais e setores da economia.
Uma delas é com os médicos, relação que ficou esgaçada com após a implantação do programa Mais Médicos, no governo do ex-presidente Dilma Rousseff. A categoria se ressentiu da vinda médicos estrangeiros para o país, entre eles os cubanos, e adotou uma postura corporativista e de rejeição à petista.
Um dos nichos bolsonatistas passsou a ser a classe médica brasileira.
Os petistas acreditam ainda que Alckmin também será capaz de reconstruir pontes perdidas com o agronegócio e com o empresariado.