1 de 1 Candidato Ciro Gomes participa de evento da Unecs
- Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles
O candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) afirmou, nesta terça-feira (30/8), que pretende “aposentar a CLT” (Consolidação das Leis do Trabalho). Ele disse que planeja apresentar um novo código de trabalho, que atenda aos modelos atuais mas sem abrir mão dos diretos trabalhistas, caso seja eleito.
“Quero fazer um novo código brasileiro do trabalho, a velha CLT não compreende mais o mundo das tecnologias, home office, teletrabalho, informalidade e aplicativos. Obrigada pelo belo trabalho, mas pode se aposentar”, afirmou o candidato, ao ser questionado sobre a simplificação das relações de trabalho.
Ciro Gomes defendeu que desregulamentar o trabalho seria um “equívoco estratégico mortal”. O pedetista é crítico da reforma trabalhista aprovada durante o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), em 2017.
“Vou criar um novo código brasileiro do trabalho, cujas diretrizes são as melhores práticas internacionais. A base do debate será trazer empresários e trabalhadores para discutir. Guiar a construção de um novo pacto nacional, ao redor de proteger o trabalho, que é o lado mais fraco na corrente capitalista”, apontou.
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Ciro Ferreira Gomes, nascido em 1957, é um professor, advogado, ex-governador do Ceará, ex-prefeito de Fortaleza, ex-ministro e político brasileiro. Natural de Pindamonhangaba, em São Paulo, foi anunciado como pré-candidato à Presidência da República
Reprodução/ Instagram
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Gomes foi criado em Sobral, no Ceará, de onde é a família paterna dele. Cursou direito na Universidade Federal do Ceará (UFC) e, aos 23 anos, se tornou advogado e professor universitário
Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
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Em 1982, Ciro Gomes se candidatou a deputado estadual pelo Partido Democrático Social (PDS), mesmo partido do progenitor, e foi eleito. No ano seguinte, assumiu o primeiro mandato e filiou-se ao Partido do Movimento Democrático (PMDB). Na eleição posterior, foi reeleito
Fábio Vieira/Metrópoles
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Mais tarde, filiou-se ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e disputou a prefeitura de Fortaleza. Eleito, tomou posse do cargo em 1989. No ano seguinte, ganhou a eleição para governador do Ceará e tornou-se o segundo chefe do Executivo estadual mais novo do país à época
Roosewelt Pinheiro/Agência Brasil
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Durante o governo de Ciro, no entanto, um fato chamou a atenção da nação. Uma rebelião no Instituto Penal Paulo Sarasate, no Ceará, fez com que o arcebispo dom Aluísio Lorscheider fosse sequestrado por presos que exigiam armas e munições. No momento em que a confusão ocorreu, dom Aluísio visitava o presídio com outros bispos para denunciar as más condições do local
Vinícius Santa Rosa/ Metrópoles
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Presos e reféns deixaram o presídio em um carro blindado após negociações conduzidas por Ciro
Reprodução/Twitter
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Após deixar o governo do estado, o político se tornou ministro da Fazenda no governo de Itamar Franco. Também foi ministro da Integração Nacional, durante o governo Lula, sendo responsável pela obra de transposição do Rio São Francisco. Ele é candidato à Presidência da República pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT)
Michael Melo/Metrópoles
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Em 1998, concorreu, pela primeira vez, à Presidência. Não eleito, tentou, outra vez, êxito nas urnas durante a corrida presidencial, em 2002. No entanto, naquele ano ficou em quarto lugar, com 12% dos votos. Em 2018, já filiado ao PDT, Ciro Gomes se candidatou, pela terceira vez, ao cargo de presidente da República, mas terminou em terceiro lugar
Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
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Entre 2007 e 2010, Ciro Gomes exerceu o cargo de deputado federal pelo PSB. À época, foi o segundo deputado mais votado do Brasil, ficando atrás de Paulo Maluf. Em 2013, foi nomeado secretário estadual de Saúde do Ceará pelo governador Cid Gomes, irmão dele. Dois anos depois, assumiu novamente o comando da secretaria durante o governo de Camilo Santana
Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
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Em 2015, foi contratado como diretor da Transnordestina e, mais tarde, se tornou presidente da empresa. Ele também já foi um dos diretores da Companhia Siderúrgica Nacional. Dois anos dpeois, tornou-se vice-presidente nacional do Partido Democrático Trabalhista (PDT)
Reprodução / Youtube
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Desde às eleições de 2018, Gomes vem fazendo oposição ao governo Bolsonaro. Além do presidente, Sergio Moro e Lula também são alvos constantes de Ciro. Recentemente,
o ex-governador do Ceará lançou oficialmente sua pré-candidatura à presidência da República para as eleições 2022
reprodução
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Ciro é pai de quatro filhos: Gael Gomes, Lívia Saboya Ferreira Gomes, Yuri Saboya Ferreira Gomes, Ciro Saboya Ferreira Gomes, e é casado com Giselle Bezerra. Além de Giselle,
Ciro já teve outras duas esposas: Patrícia Saboya e a atriz Patricia Pillar
WALFRIDO-WARDE-IREE-DIÁLOGOS
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Durante o relacionamento com Patrícia Pillar, inclusive, o político se envolveu em polêmicas. Uma delas ocorreu durante uma entrevista a um jornalista. Ao ser indagado sobre o papel e a possível exploração da imagem da atriz na vida política de Gomes, ele respondeu que era dos “mais importantes”, pois seria o de “dormir com ele”
Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
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Além disso, boatos de que Gomes teria batido em Patrícia também passou a circular na internet. Contudo, tanto a atriz quando o advogado negaram as acusações e informaram que se tratava de uma informação falsa com o intuito de manchar a imagem do político
JP Rodrigues/Especial para Metrópoles
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Ciro já lançou quatro livros na área de economia política: No País dos Conflitos, O Próximo Passo – Uma Alternativa Prática ao Neoliberalismo, Um Desafio Chamado Brasil e Projeto Nacional: O Dever da Esperança
Em tom de brincadeira, ele afirmou que pretende convocar os líderes empresariais e representantes do trabalho para um “verdadeiro quebra pau”, mas ressaltou o canal de diálogo com trabalhadores e empresários estará sempre aberto. “Não vou impor a minha ideia. Vocês serão chamados sistematicamente”.
Reformas
Durante o evento, Ciro Gomes também falou sobre reformas estruturais, como a tributária e da Previdência. Ele informou que pretende estruturar as propostas nos primeiros seis meses de governo, em um eventual mandato.
“Minha ideia é propor uma reforma tributária que simplifique a tributação. Com o IVA (impostos sobre valor agregado) no lugar de seis tributos no valor adicionado. Vamos deslocar a tributação dos pobres e da classe média e do empreendedorismo para a propriedade e para a fortuna dos super-ricos no Brasil que não pagam imposto”.
No caso da Previdência, o projeto do pedetista contempla uma alteração do atual modelo de repartição para um novo de capitalização.
“Só Brasil, Argentina e Venezuela mantêm um sistema de Previdência de repartição cuja lógica de financiamento é a formalidade do mercado de trabalho e a demografia jovem, duas pernas que sumiram da nossa realidade”, argumentou.
Os candidatos Jair Bolsonaro (PL)e Soraya Thronicke (União) também são aguardados no evento. Após a sabatina, Ciro Gomes parte para um encontro com a candidata do PDT ao governo do Distrito Federal, Leila Barros, no Núcleo Bandeirante, bairro do DF.
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