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Voto em Bruno Covas custou ao erário quase o triplo do voto em Boulos

Cada escolha em Bruno Covas despendeu R$ 6,89 ao Fundo Eleitoral. No caso do candidato do PSol, cada um teve custo de R$ 2,52

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O candidato à reeleição da prefeitura de SP, Bruno Covas, vota em Vila Ida
1 de 1 O candidato à reeleição da prefeitura de SP, Bruno Covas, vota em Vila Ida - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

São Paulo – Cada voto no atual prefeito Bruno Covas (PSDB) custou R$ 6,89 em recursos públicos do fundo eleitoral. Já o voto em Guilherme Boulos (PSol) despendeu R$ 2,52. Os números foram obtidos por meio da divisão do número de votos que os dois candidatos conquistaram pelos valores que cada um recebeu dos partidos. Na conta, o Metrópoles desconsiderou doações de pessoas físicas.

Confira:

Candidato Votos Recursos do Fundo Eleitoral recebidos até 15/11/2020 Custo por voto
Bruno Covas (PSDB) 1.754.013 R$ 12.083.260 R$ 6,89
Guilherme Boulos (PSol) 1.080.736 R$ 2.723.890,74 R$ 2,52

Fonte: Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

Enquanto Guilherme Boulos recebeu apenas recursos dedicados do diretório estadual de seu partido, o PSol, Bruno Covas teve o apoio de diretórios nacionais e estaduais dos partidos da coligação. O atual prefeito conseguiu dinheiro do PSDB, Podemos, MDB e do Progressistas (antigo PP).

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Fundo eleitoral

Segundo artigo do economista Bruno Carazza, autor do livro Dinheiro, eleições e poder: as engrenagens do sistema político brasileiro, as mudanças recentes na legislação eleitoral ainda não fazem frente ao capital social de políticos profissionais, permitindo a manutenção de famílias tradicionais no poder.

“Mesmo com o TSE determinando que esse dinheiro seja distribuído levando em consideração um mínimo de 30% para mulheres e a proporção racial, cabe aos caciques partidários decidir quem será contemplado. Nas eleições de 2018, por exemplo, observou-se que boa parte da parcela destinada às candidaturas femininas foi aplicada em esposas, filhas e netas de políticos tradicionais.”

Ainda segundo o acadêmico, pessoas com fortes vínculos de parentesco ou amizade com líderes dos partidos, são privilegiados na repartição dos fundos eleitoral e partidário e tendem a se manter no poder.

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