Supercomputador que falhou não passou por todos os testes, revela Barroso
Presidente do TSE responsabilizou a pandemia de coronavírus pela falta de tempo de completar toda a avaliação de desempenho do equipamento
atualizado
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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, afirmou nesta segunda-feira (16/11) que o processador que apresentou falhas e provocou uma lentidão na totalização e divulgação de votos não passou por todos os testes de desempenho necessários em razão da pandemia do coronavírus.
O ministro informou que o TSE contratou os serviços de uma empresa que forneceu um supercomputador para o desempenho de uma tarefa nova: a totalização centralizada.
Na noite de domingo (15/11), o tribunal informou que um problema técnico em um dos processadores provocou lentidão na totalização dos votos e, consequentemente, na divulgação dos resultados.
O supercomputador custou R$ R$ 26.240.241,07 pelo período de 48 meses.
Nas eleições deste ano, a totalização dos votos passou a ser concentrada no TSE, e não mais nos tribunais regionais, como nos pleitos anteriores. Trata-se de um avanço na tecnologia de apuração.
“A demora na chegada do equipamento, ocasionada em boa medida pela pandemia – o equipamento foi adquirido em março, mas só pôde ser entregue em agosto –, essa demora impediu que nele se realizassem todos os testes prévios com reprodução do exato ambiente das eleições”, afirmou o presidente do TSE.
“No dia da eleição, a inteligência artificial do equipamento demorou a realizar o aprendizado para processar os dados no volume e velocidade com que chegavam, daí sua lentidão e travamento, que exigiu que a totalização fosse interrompida e reiniciada.”