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Reta final da campanha em São Paulo tem esquerda unida e Covas como alvo

Em último debate entre candidatos à prefeitura de São Paulo, na TV Cultura, atual prefeito foi o mais atacado

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Bruno covas e reflexo de russomanno
1 de 1 Bruno covas e reflexo de russomanno - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

São Paulo – A acirrada campanha pela prefeitura paulistana está forçando ajustes de última hora na estratégia dos candidatos. Na briga por um lugar no segundo turno, Guilherme Boulos (PSol) conseguiu costurar uma dobradinha proveitosa no último debate televisivo da corrida, na noite de quinta (12/11), com o petista Jilmar Tatto, numa tentativa de ambos para tentar isolar Márcio França (PSB), que também pleiteia vaga para uma próxima rodada contra Bruno Covas (PSDB).

Boulos, porém, foi alvo de ataques do outro postulante ao segundo turno, o candidato Celso Russomanno, do Republicanos, além de Arthur do Val (Patriota), e passou parte do tempo no debate da TV Cultura tendo de se defender.

Quem mais sofreu ataques, porém, foi o atual prefeito Bruno Covas (PSDB), que lidera as pesquisas com folga e forte tendência de subida. No encontro na TV Cultura, ficou claro que os adversários se preocupam com a possibilidade de Covas repetir o feito da chapa na eleição passada, então liderada pelo atual governador João Doria, que ganhou em primeiro turno.

Na última pesquisa Datafolha para a Prefeitura de São Paulo, divulgada na noite de quarta-feira (12/11), a intenção de voto em Covas subiu de 28% para 32%. A de Boulos foi de 14% para 16% e a de Russomanno caiu de 16% para 14%. França oscilou de 13% para 12% e Jilmar Tatto de 6% para 4%, mesma porcentagem de Arthur do Val.

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Celso Russomanno

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Em entrevista antes do debate, França já criticava a possível dobradinha dos partidos de esquerda e disse que o governador João Doria seria um dos apoiadores ocultos da candidatura de Boulos, que, para França, é menos competitiva do que a dele. “Quase uma covardia o Covas pegar o Boulos no segundo turno”, provocou.

No debate, porém, França não teve muitas oportunidades para antagonizar com o candidato do PSol. Pelo formato, os candidatos não podiam escolher para quem fazer as perguntas, pois o nome era sorteado.

Quem atacou o psolista, então, foi o Mamãe Falei, que disse que o candidato agora se apresenta como “Boulinhos Paz e Amor”, mas que na verdade é um militante “que bota fogo em prédio”.

A acusação de radicalismo também veio de Russomanno, que ainda reutilizou neste debate denúncia contra Boulos que a Justiça já havia considerado “inverídica”.

“O Russomanno trouxe o gabinete do ódio para a eleição de São Paulo”, criticou Boulos, lembrando que a denúncia foi feita pelo influenciador bolsonarista Oswaldo Eustáquio, é réu no inquérito dos atos antidemocráticos no Supremo Tribunal Federal (STF).

Já em Orlando Silva (PCdoB), que não vem pontuando nas pesquisas, Boulos encontrou um aliado para atacar Russomanno por meio do principal padrinho, o presidente Jair Bolsonaro. “Considero que Bolsonaro é o principal responsável pelas mais de 160 mil mortes pelo coronavírus”, disparou Silva em resposta a Boulos.

Os canhões de Arthur do Val também foram apontados para o atual prefeito, que ele acusou de estar passeando na Europa enquanto São Paulo era castigada por enchentes. Outra candidata nanica, Joice Hasselmann (PSL) também usou todas as oportunidades para atacar Covas, chegando a viralizar. Veja (com atenção para a cara do prefeito):

Boulos e Tatto

Foi já após o debate, em conversa com a imprensa na madrugada de sexta (13/11), que Jilmar Tatto falou mais abertamente sobre a união da esquerda nessa eleição. Ele contou que recebeu uma ligação de Boulos para desmentir uma notícia e que os dois aproveitaram para conversar sobre o momento.

“Eu falei que o povo tá morrendo, tá sendo infectado por coronavírus. Usei uma frase do [Pepe] Mujica: ‘Eu não tenho tempo pra plantar ódio no meu jardim’. Nós estamos do mesmo lado e vamos estar juntos. Estamos juntos agora, estamos juntos no segundo turno e não tem dificuldade nenhuma”, disse o petista. “Boulos é meu irmão mais novo, vocês não vão ver jamais eu falando mal do Boulos”, completou.

“E até falei pra ele pra votar no Tatto no segundo turno”, concluiu ele, num misto de brincadeira e confiança. “Mas eu confio. O PT é um partido de chegada, vocês vão ver”.

A confiança do petista talvez seja exagerada, mas ele pode dizer ao menos que conseguiu protagonizar o melhor momento de um debate que é prejudicado pelo formato e pelo pouco tempo para cada candidato falar. Veja a resposta do petista a uma provocação de Russomanno:

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