PT e PSDB elegem 8 vereadores cada em SP; Suplicy é o mais votado do país
DEM e PSol são os outros partidos preferidos do eleitor. Atual presidente da Câmara Municipal e aliado de Covas, Eduardo Tuma é reeleito
atualizado
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(Jefferson Rudy/Agência Senado)
São Paulo — Siglas do tradicional embate político, PT e PSDB elegeram oito vereadores por partido nas eleições legislativas encerradas no domingo (15/11). O empate marcou o fim da maioria tucana que vinha atuando na Câmara Municipal.
O vereador Eduardo Suplicy (PT) foi reeleito com a maior votação do país, com 167 mil votos. E o PSol, que tinha apenas dois representantes, conquistou oito cadeiras. Já o Democratas ganhou sete vagas, sendo o quarto partido com mais parlamentares eleitos em São Paulo. O atual presidente da Câmara, Eduardo Tuma (PSDB), também conseguiu a reeleição, com 40 mil votos.
Atualmente, a casa legislativa tem maioria governista: são 11 vereadores do PSDB contra nove do PT e dois do PSol. Líder da Câmara, Tuma é aliado do atual prefeito Bruno Covas (PSDB), que o havia nomeado chefe da Casa Civil em 2018.
Dos 55 membros do Legislativo, 50 se candidataram à reeleição. Um dos cinco que não tentaram a empreitada foi Ricardo Nunes (MDB), conservador da bancada religiosa que está na posição de candidato a vice-prefeito na chapa de Covas.
No total, a corrida por uma cadeira na Câmara somou mais de 9,6 mil candidatos neste ano. Eles usaram R$ 65 milhões em suas campanhas eleitorais (R$ 40 milhões do “fundão” financiado pelo eleitor e contribuinte).
Um fenômeno destas eleições veio com a existência de 27 candidaturas coletivas, nas quais vereadores não eleitos serão assessores de vereadores escolhidos, com base na experiência do pleito para o Congresso Nacional em 2018, quando o PSol elegeu coletivamente a Bancada Ativista, hoje atuante na Câmara dos Deputados.
Para se ter uma ideia, a disputa pelo cargo de vereador de São Paulo em 2020, com mais de 36 candidatos por cadeira, superou a média de inscrições para a última Fuvest, o vestibular da Universidade de São Paulo (USP), com uma média de 14 estudantes por vaga.
Os candidatos à prefeitura com mais colegas em candidaturas no Legislativo são Covas (mais de 800 aliados do PSDB e 10 partidos coligados) e Márcio França (PSB e cinco coligados, com cerca de 500 postulantes à Câmara Municipal). Covas e França contavam com esses “exércitos” para se eleger no Executivo, enquanto os outros candidatos tinham algumas dezenas, e não centenas, de aliados na corrida legislativa.
No campo ideológico, entraves entre Guilherme Boulos (PSol) e Jilmar Tatto (PT) tendiam a aumentar a participação dos psolistas, em função do bom desempenho de Boulos nas pesquisas. E reduzir a presença de petistas na Câmara após a votação, segundo analistas políticos. A tendência não impediu que Suplicy obtivesse a maior votação entre os candidatos.