Postos de saúde abandonados viram palco para críticas a Bruno Covas
Márcio França (PSB) e Guilherme Boulos (PSol) criticam desperdício de recursos em hospitais de campanha
atualizado
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São Paulo – Guilherme Boulos, candidato a prefeito pelo PSol, organizou o que chamou de ato-denúncia na manhã desta terça-feira (20/10), em frente ao que seria a Unidade Básica de Saúde (UBS) Vila Guarani, no Jabaquara, zona centro-sul de São Paulo. A obra, segundo Boulos, é prometida há quatro anos.
O espaço virou palco para críticas à gestão de Bruno Covas (PSDB) e João Doria (PSDB). Isso porque, durante a pandemia, o governo estadual gastou no hospital temporário do Ibirapuera, por exemplo, R$ 12 milhões para levantar a obra e R$ 10 milhões de manutenção mensal.
Para Boulos, Covas deveria ter usado os recursos para reabrir hospitais da rede municipal que permaneceram fechados durante a pandemia. “Dessa forma, os recursos não seriam desperdiçados, a obra ficaria para o município.”
O candidato voltou a prometer reabrir com 100% da capacidade os hospitais Sorocabana, Menino Jesus (zona leste), da Brasilândia e de Parelheiros.
Márcio França (PSB), candidato que está na cola de Guilherme Boulos nas pesquisas de preferência de votos, também usou de expediente parecido.
No dia 14 de outubro, ele visitou a UBS Elisa Maria, na zona norte da capital. O posto de saúde sofreu um incêndio em fevereiro deste ano. Moradores da zona norte hoje são atendidos em local improvisado, aumentando as filas no local.
No dia 19 de outubro, França bateu ponto em protesto na Vila Carrão, onde militantes carregaram faixa com a frase “Prefeito Bruno Covas, cadê nosso hospital da Vila Carrão?”. A solução para França é o seu Plano Márcio, que buscaria recursos no corte de cargos comissionados.
Apesar das críticas, Bruno Covas (PSDB) é o atual líder nas pesquisas de intenções de voto. De acordo com a RealTime Big Data/CNN Brasil, divulgada nessa segunda-feira (19/10), o prefeito tem 25% das intenções de voto e está empatado tecnicamente com Celso Russomanno (24%).
Atrás vem Guilherme Boulos, com 12% das intenções de voto, seguido de Márcio França (8%). A pesquisa foi realizada entre os dias 14 a 17 de outubro, com margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos está registrada registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número de identificação SP04802/2020.