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Por eleições em Macapá, Planalto estuda prorrogar benefícios pós-apagão

Governo federal quer que solução para os danos do apagão no Amapá fique a favor da campanha de Josiel, irmão de Davi Alcolumbre

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GABRIEL PENHA/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Vista do apagão que assola há mais de 48h em Macapá e também em 13 dos 16 municípios do estado do Amapá, na noite desta quinta-feira (5). Por conta do desabastecimento de energia, o prefeito de Macapá, Clécio Luís, decretou no final da tarde estado de calamidade pública na capital por 30 dias. O apagão foi resultado de um incêndio em uma subestação de energia na capital na noite de terça-feira (3).
1 de 1 Vista do apagão que assola há mais de 48h em Macapá e também em 13 dos 16 municípios do estado do Amapá, na noite desta quinta-feira (5). Por conta do desabastecimento de energia, o prefeito de Macapá, Clécio Luís, decretou no final da tarde estado de calamidade pública na capital por 30 dias. O apagão foi resultado de um incêndio em uma subestação de energia na capital na noite de terça-feira (3). - Foto: GABRIEL PENHA/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O resultado do primeiro turno das eleições em Macapá, divulgado há uma semana, foi visto com preocupação pelo governo federal. O Palácio do Planalto quer evitar que os estragos provocados pelo apagão no Amapá, uma falha de 22 dias, caiam nas costas de Josiel (DEM), irmão do presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Para isso, segundo interlocutores dos governos federal, estadual e municipal, o Planalto estuda estender a isenção do pagamento da conta de luz aos amapaenses, além de oferecer meios que facilitem a indenização para quem teve prejuízos, como a queima de eletrodomésticos em razão dos picos de energia. 

A ideia é que todas as soluções estejam sob o guarda-chuva da campanha de Josiel, já que a campanha do adversário, Dr. Furlan (Cidadania), bate na tecla do que classifica como abandono de Macapá pelas autoridades, defende a mudança de gestão e reclama dos altíssimos valores das contas de luz na capital. 

Para reverter o cenário, na pauta do governo federal há ainda uma “carta na manga”, como definiu um interlocutor ao Metrópoles: a promessa de que uma usina de gás seja construída no estado a fim de evitar que episódios como o do apagão se repitam. 

Disputa pela prefeitura

No primeiro turno, Dr. Furlan recebeu 16,03% dos votos válidos. O percentual garantiu que o candidato ficasse à frente do ex-prefeito, ex-senador e ex-governador Capi (PSB), que conseguiu 14,94% dos votos do eleitorado da capital. 

Já o irmão de Davi Alcolumbre, Josiel obteve 29,47%. Apesar de ter liderado o pleito, existe uma preocupação acerca do segundo turno, a ser realizado em 20 de dezembro, já que Furlan conseguiu um resultado maior do que o esperado. 

Antes do apagão, Josiel era visto como o favorito entre o eleitorado, mas o episódio atingiu duramente a campanha do político. 

Durante a crise energética, o irmão, Davi Alcolumbre, chegou a dizer que o maior prejudicado pela falta de luz havia sido Josiel. O blecaute atingiu quase 90% da população do estado, que também ficou sem água potável e alimentos.

Causas do apagão

De acordo com um relatório do Corpo de Bombeiros divulgado no início da semana, a subestação de Macapá que pegou fogo e levou ao apagão de 22 dias em 13 dos 16 municípios do Amapá não tinha sistemas preventivos contra incêndio.

“Durante as conversações e coletas de dados para o preenchimento do relatório de ocorrência, questionamos sobre os sistemas preventivos daquela planta, bem como do plano de ação em caso de sinistro. Obtivemos a resposta que não possuíam”, diz o Relatório de Análise de Perturbação (RAP), documento produzido pelo Operador Nacional do Sistema (ONS).

O documento afirma que não foram identificados “sistemas preventivos no entorno da região sinistrada”, salvo uma parede que separava o “transformador sinistrado dos demais e o deck que o cercava”.

Segundo o relatório, as estruturas no local do incêndio não eram suficientes para combatê-lo.

A ONS também produziu um relatório preliminar sobre o apagão. O órgão é responsável pela coordenação e pelo controle da operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional e pelo planejamento da operação dos sistemas isolados do país.

O documento foi formulado em 17 de novembro e descreve que o apagão iniciado às 20h48min do dia 3 de novembro foi resultado de uma “contingência múltipla”.

“O evento em pauta foi resultado de contingência múltipla (indisponibilidade do TR-2 e perda dos outros dois transformadores em um mesmo evento), e que a carga local já é suprida conforme critério estabelecido no planejamento da expansão (n-1) para todas as subestações do país”, descreve o documento.

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Falta de energia em Amapá
Apagão no ano passado
Apagão também levou a protestos de moradores
Apagão elétrico no Amapá
Protesto no Amapá  por falta de energia
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Apagão no Amapá, em novembro do ano passado

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Falta de energia em Amapá

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Apagão no ano passado

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Apagão também levou a protestos de moradores

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Apagão elétrico no Amapá

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Protesto no Amapá por falta de energia

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Apagão elétrico no Amapá

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Novo apagão atingiu o Amapá no dia 17 de novembro

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