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Perguntas sobre moradores de rua irritam Russomanno: “Sensacionalismo”

Candidato a prefeito de São Paulo disse que moradores de rua têm resistência à Covid-19 por não tomarem banho e tem sido criticado

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Celso Russomanno visita o Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil, na Associação Bunkyou, em campanha
1 de 1 Celso Russomanno visita o Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil, na Associação Bunkyou, em campanha - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

São Paulo –Líder nas pesquisas de intenção de voto, com 26% segundo pesquisa Ibope divulgada há duas semanas, o candidato à Prefeitura de São Paulo Celso Russomanno (Republicanos) tenta, sem muito sucesso, impedir a exploração política de declarações suas sobre uma suposta resistência dos moradores de rua ao coronavírus – pelo fato de não tomarem banho. Em entrevista ao SBT News na noite desta quarta-feira (14/10), o político se irritou com os entrevistadores que tocaram no assunto e disse que está sendo vítima de sensacionalismo.

“Nos moradores de rua têm casos pontuais [de Covid-19]. Se alardeava que, quando a Covid chegasse, atacaria de pronto os moradores de rua e isso não aconteceu. Eu disse que eles tinham dificuldade de tomar banho e foi tirada de toda conversa uma parte para fazer sensacionalismo”, reclamou.

Mais cedo, ao ser abordado por repórteres enquanto fazia campanha no bairro paulistano do Brás, Russomanno também ficou contrariado, mas insistiu em sua tese.  “A ciência tem que explicar porque que eles são imunes”, disse o candidato.

“Talvez porque tenham mais resistência, só por isso. Eles têm mais resistência do que a gente. Se alardeava que os moradores de rua e a Cracolândia [região paulistana onde se reúnem moradores de rua e usuários de drogas] seriam dizimados, seriam exterminados pela Covid-19. E não foi o que aconteceu. Então, a ciência tem que explicar muito para nós em relação à Covid-19. Era isso que eu estava falando”, explicou.

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Celso Russomanno liderava as pesquisas de intenção de voto para a prefeito de São Paulo
"Quero trazer minha bagagem para mostrar que podemos sim ter serviços públicos de qualidade", afirmou o ex-apresentador de TV
O plano de carreira começaria com servidores da saúde e da educação
Celso Russomanno visita o Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil, na Associação Bunkyou, em campanha
Russomanno também falou que o funcionário público precisa ter salário adequado
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Celso Russomanno, candidato à Prefeitura de São Paulo pelo Republicanos

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Celso Russomanno liderava as pesquisas de intenção de voto para a prefeito de São Paulo

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"Quero trazer minha bagagem para mostrar que podemos sim ter serviços públicos de qualidade", afirmou o ex-apresentador de TV

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O plano de carreira começaria com servidores da saúde e da educação

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Celso Russomanno visita o Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil, na Associação Bunkyou, em campanha

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Russomanno também falou que o funcionário público precisa ter salário adequado

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Uma das formas de fazer a autoestima do servidor público melhor, segundo Russomanno, são uniformes bem apresentados

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De acordo com o candidato, os servidores públicos precisam melhorar a autoestima

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Revista policial na Cracolândia

Ainda na entrevista ao SBT, ao ser questionado sobre propostas que fez em outras eleições, de colocar barreiras policiais na região da Cracolândia, disse que não são barreiras, mas revistas para evitar que drogas entrem no local, sufocando o mercado ilegal. “O direito de ir e vir seria preservado e as peesoas que quiserem entrar na Cracolândia passariam por uma revista”, disse.

Russomanno foca sua campanha no lema de “cuidar das pessoas” e reclamou muito do uso político dos moradores de rua, dizendo que ninguém os ajuda. Entre as promessas dele está um programa para ajudar moradores de rua que quiserem voltar para suas cidades de origem.

Ditadura militar?

Perguntado sobre sua opinião sobre ter ocorrido ou não uma ditadura no Brasil entre 1964 e 1985, Russomanno optou por relativizar o golpe militar. “Ditadura é o que a gente vive nos países em que não se pode sair ou entrar. Nós vivemos um governo militar, sem dúvida nenhuma, mas as donas de casa sairam às ruas pedindo aos militares para assumirem o poder”, disse.

“Mas a democracia se constrói com a liberdade que temos hoje”, concluiu, não apelando ao saudosismo.

No final, o candidato lembrou que tem o apoio do presidente Jair Bolsonaro em sua campanha e disse que ele vai ajudar a cidade.

Veja a entrevista completa:

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