Para Tatto, Covas foi omisso, cruel e insensível no combate à pandemia
Candidato do PT em São Paulo afirma que prefeitura tem dinheiro em caixa para a criação de “uma grande guerra” contra a Covid-19
atualizado
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São Paulo – O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo Jilmar Tatto afirmou nesta sexta-feira (30/10) que “omissão”, “insensibilidade” e “crueldade” foram os principais erros do atual prefeito da cidade, Bruno Covas (PSDB), no combate à pandemia.
Segundo o petista, a prefeitura tem dinheiro em caixa para adotar outras medidas. “A prefeitura, neste momento, tem R$ 19,6 bilhões em caixa. Deveria fazer a testagem em toda população, a começar pelas crianças e idosos da cidade de São Paulo. Não está fazendo. Deveria estar reformando as escolas, para preparar, inclusive, a volta às aulas, provavelmente no ano que vem…”, afirmou o candidato, em sabatina realizada pelo Uol e Folha de S.Paulo.
Para Tatto, Covas está tratando a pandemia de forma burocrática e insensível, mesmo com recursos para investir. “Poderia fazer uma grande frente de guerra no combate à pandemia. Isso não está acontecendo na cidade de São Paulo, talvez por falta de experiência, por não saber cuidar de povo, que é próprio do PSDB. Foi assim com [governador João] Doria”, afirmou o candidato petista.
Apesar das críticas, Tatto disse não comparar Covas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), chamado de genocida pelo partido.
“Eu não comparo Bruno Covas a Bolsonaro. Bolsonaro é um caso a parte, de saúde pública, de insanidade. Esse sim, o comportamento pessoal dele é inaceitável”, afirmou o petista, ao ser questionado sobre a proposta de criação de uma comissão para apurar se a prefeitura procedeu de forma adequada no combate à pandemia.
Tatto defendeu a instalação da comissão, citando denúncias de sindicatos da área da saúde de falta de equipamentos e testagem dos profissionais.
“Vários profissionais morreram na área da saúde e há denúncias do sindicato dos servidores e do sindicato dos médicos da falta de equipamentos […]. E tem denúncias desses profissionais de que eles ficam com a mesma roupa atendendo várias pessoas durante o dia”, afirmou.