Márcio França “prevê futuro” e promete tirar sem-teto das ruas em 90 dias
Candidato à Prefeitura de SP disse que resolveria problema das pessoas em situação de rua por meio de convênios com hotéis
atualizado
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São Paulo – Márcio França (PSB) tem enfatizado seu dom em antecipar fatos do futuro. “Eu alertei antecipadamente que a pandemia entraria pelo Aeroporto de Cumbica e que o [governador João] Doria trairia o Bolsonaro”, diz.
Em entrevista à Radio Bandeirantes nesta quarta-feira (4/11), o candidato à Prefeitura de São Paulo voltou a afirmar que entre janeiro e março de 2021 São Paulo poderá ter “manifestações violentas”.
“Eu tenho alertado todo o mundo antecipadamente. Também estou alertando que em janeiro, fevereiro ou março haverá manifestação com quebra-quebra. E isso vai acontecer porque as pessoas não terão mais o auxílio emergencial”, declarou França.
Segundo ele, essa situação será evitada com sua promessa de pagar R$ 600 a pessoas que participem do seu projeto de frentes de trabalho, além de disponibilizar uma linha de financiamento de R$ 3 mil a pequenos comerciantes.
Ainda no âmbito da conjectura, o candidato afirma que irá ao segundo turno com Celso Russomanno (Republicanos). “A disputa, eu penso, será entre nós e o Russomanno. No mundo evangélico, as pessoas que querem derrotar o Bruno Covas sabem que ele é mais frágil para debates. Eu acho que vão cair votos [dele] pra gente.”
Entre as propostas apresentadas hoje, Márcio França disse que resolverá o problema das pessoas em situação de rua em São Paulo em apenas três meses. “Parece um problemão, mas no fundo não é tão grave. Em 90 dias não haverá mais ninguém morando nas ruas em São Paulo. É simples. A cidade está cheia de hotéis vazios.” Ele promete locar esses espaços para as pessoas sem-teto por cerca de R$ 70 por dia.
A situação seria temporária até a entrega de lotes urbanizados ou apartamentos reformados a partir do retrofit (reforma e reaproveitamento) de prédios abandonados.
Márcio França também promete “mudar a sistemática dos radares” nas ruas de São Paulo. “O radar hoje é punitivo, é feito para enganar as pessoas e como fonte de arrecadação”.
Na proposta de França, o radar será transformado em “medida educativa”. “O radar começa a pegar apenas as pessoas que estão sozinhas no veículo, que terão que fazer o pagamento integral do IPVA. Para aquelas que estiverem todos os dias dividindo seu veículo, praticando o transporte solidário, nós podemos criar um desconto”, afirmou.