Justiça Eleitoral de SP determina que jornal e site tirem do ar pesquisa Datafolha
Ação do PRTB contestou a legalidade da mais recente pesquisa divulgada pelo instituto sobre a corrida eleitoral pela Prefeitura de São Paulo
atualizado
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A Justiça Eleitoral de São Paulo determinou, após ação do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) – sigla do vice-presidente da República, general Hamilton Mourão –, a imediata remoção de pesquisas já divulgadas pelo instituto Datafolha sobre a corrida à Prefeitura de São Paulo (SP).
A decisão foi proferida na segunda-feira (9/11) pelo juiz Marco Antonio Martin Vargas, o mesmo que manteve a censura contra a publicação da pesquisa Datafolha a pedido do candidato Celso Russomanno (Republicanos) – o instituto conseguiu reverter a decisão na noite dessa quarta-feira (11/11).
A decisão a favor do PRTB, no entanto, ainda não foi derrubada pela Justiça, segundo o presidente do partido e também candidato à prefeitura paulista, José Levy Fidelix. No processo, a defesa da sigla alegou que o Datafolha não inseriu dados relativos à área em que o levantamento foi realizado.
“Concedo a tutela de urgência pleiteada e determino a imediata suspensão da veiculação da pesquisa, com a remoção, inclusive, de todas aquelas já divulgadas em seus endereços eletrônicos, páginas e perfis nas redes sociais”, escreveu o magistrado, ao destacar duas matérias a serem retiradas com prioridade.
Levy Fidelix explicou ao Metrópoles a motivação do pedido. “Eu aleguei que o Datafolha não havia colocado a localização e a quantificação dessas pessoas que teriam participado da pesquisa de acordo com o bairro onde moram. O peso de voto de cada localidade é diferenciado. Existe o voto absoluto e o voto relativo”, disse.
A pesquisa específica relatada pelo candidato foi publicada no último dia 5 de novembro pelo jornal Folha de S. Paulo e no portal G1. Segundo o instituto, 1.260 eleitores foram ouvidos entre os dias 3 e 4 de novembro. Nela, o atual prefeito, Bruno Covas (PSDB), aparece na liderança, com 28%; e Levy Fidelix está na nona colocação, com 1%.
Levy Fidelix afirmou também que vai requerer, em breve, uma ação de perdas de danos morais e perdas de votos contra o instituto Datafolha. “Isso influenciou a questão de votos e de doadores, por exemplo”, disse o candidato, ao reclamar da sistemática em que são feitas as pesquisas.
O Datafolha, a Folha de S.Paulo e o portal G1 foram procurados, mas não haviam se pronunciado até a última atualização deste texto.