José Dirceu vota em Boulos após oito anos com direitos políticos cassados
Ex-ministro da Casa Civil do governo de Luiz Inácio Lula da Silva disse estar construindo uma “frente popular”
atualizado
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O ex-ministro da Casa Civil e co-fundador do Partido dos Trabalhadores (PT) José Dirceu foi às urnas neste domingo (29/11), em São Paulo (SP), após oito anos com os direitos políticos cassados.
Com máscara branca e camisa vermelha – cores do PT –, o esquerdista declarou apoio ao candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSol) e disse estar construindo “a frente popular”.
“Indo votar, depois de 8 anos impedido, no 50 de Guilherme Boulos! Construindo a Frente Popular”, escreveu Dirceu, em uma rede social, ao compartilhar vídeo onde cumprimenta apoiadores petistas.
Indo votar, depois de 8 anos impedido, no 50 de @GuilhermeBoulos ! Construindo a Frente Popular! Zé Dirceu pic.twitter.com/9q1iYuVjy0
— Zé Dirceu (@DirceuMemorias) November 29, 2020
José Dirceu foi preso pela primeira vez em novembro de 2013, no caso Mensalão. Ele se entregou à Polícia Federal (PF) após ser condenado por corrupção ativa pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O político passou a cumprir pena em regime domiciliar, mas foi preso novamente em 2015, no âmbito da força-tarefa da Operação Lava Jato, a pedido do então juiz federal Sergio Moro.
Em maio de 2017, o STF concedeu habeas corpus ao ex-ministro do governo de Lula da Silva (PT). No ano seguinte, contudo, a Justiça Federal avançou no processo e determinou que ele voltasse à prisão.
Em maio de 2019, ele se entregou novamente à Polícia Federal, em Curitiba (PR), para cumprir pena pela segunda condenação dele na Operação Lava Jato.
Meses depois, em novembro do ano passado, no entanto, José Dirceu foi solto após determinação da Justiça do Paraná, que disse não haver trânsito em julgado na condenação.