Investigação mostra que ataque hacker ao TSE alcançou informações de 2020
PF mostra que ataque foi feito a partir de Portugal e ainda há uma investigação para ver se houve ação coordenada para desacreditar o TSE
atualizado
Compartilhar notícia
Investigação da Polícia Federal mostra que o ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) roubou não só dados antigos, com informações pessoais sobre servidores, ex-ministros e questões administrativas, como também conteúdos atuais, já do ano de 2020, provavelmente antes do dia 1º de setembro. Os dados foram expostos no último domingo (15/11), dia do primeiro turno das eleições municipais. As informações são da coluna do Ancelmo Gois, do jornal O Globo
Ainda no domingo, o TSE afirmou que o ataque havia ocorrido, com certeza, antes de 23 de outubro deste ano, e expôs dados administrativos com informações pessoais sobre servidores.
No entanto, apesar do furto ao Portal do Servidor do TSE ter sido em sua maioria de arquivos antigos, foi constatado pelas investigações que dados referentes ao ano de 2020 também foram vazados – porém, até o mês de setembro.
A PF destacou que o ataque foi feito a partir de Portugal e ainda há uma investigação para averiguar se houve uma ação coordenada para desacreditar o processo eleitoral.
Também no domingo, houve uma outra tentativa de ataque para derrubar o site do TSE, que não foi bem-sucedida. Esse ataque teve origem no Brasil, nos Estados Unidos e na Nova Zelândia.
Milícias digitais
Acerca da investigação sobre o ataque a essas informações, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, declarou: “Ao mesmo tempo em que houve o ataque, milícias digitais entraram em ação. Há suspeita de articulação de grupos extremistas que se empenham em desacreditar eleições, clamam pela volta da ditadura e muitos deles são investigados pelo STF”.
Ataque no dia do primeiro turno
O TSE registrou tentativa de ataque hacker no dia do primeiro turno das eleições municipais de 2020, domingo (15/11), no aplicativo do e-Título. Foi a primeira vez que o TSE permitiu que eleitores justificassem a ausência de voto pela plataforma digital.
Em coletiva no domingo, Barroso afirmou “Tomamos todas as providências. Estamos atentos, mas os ataques são uma preocupação no mundo contemporâneo. Esse não é um problema irremediável. Quase certo que a tentativa de invasão veio de outro país. Muitas vezes o ataque acontece de fora do país, mas alguém reivindica aqui para ter popularidade”, finalizou.