“Hoje, Marielle não será interrompida”, diz viúva Monica, eleita vereadora
Monica Benício diz ainda que o seu principal compromisso como vereadora a luta de quem mora na favela
atualizado
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A viúva da vereadora assassinada Marielle Franco, Monica Benício, que foi eleita para a Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), comentou sobre a sua representatividade e a da ex-mulher na política Brasileira.
Ao G1, Monica Benício afirmou: “A minha história jamais poderá estar desentrelaçada da memória da Marielle. E não só pelo fazer político que a gente sempre fez, no qual eu sempre acreditei e construí com ela. O que eu tenho com a Marielle, além do amor, é a afinidade política. O meu compromisso é, além de representar todos os projetos que Marielle colocou, ter uma cidade comprometida com a vida das mulheres, com a luta LGBT e com a pauta antirracista”, disse.
Monica Benício diz ainda que o seu principal compromisso como vereadora será a luta de quem mora na favela pelo direito à cidade.
“Essa é a minha principal causa. A minha pauta de vida, de trabalho, sempre foi o direito à cidade, na perspectiva do favelado/favelada. Colocar a favela e o favelado no centro do debate da política pública. É desse lugar que eu falo e desse lugar que eu tocarei o meu mandato. Favela é cidade”, argumentou.
A vereadora também respondeu sobre se sua vitória na eleição poderia dar continuidade ao trabalho de Marielle, interrompido pelo assassinato da vereadora e de seu motorista.
“Após o meu resultado, a democracia venceu a barbárie. A democracia venceu a violência. Hoje, nós ganhamos. Hoje, Marielle não será interrompida”, disse.
A vereadora Marielle Franco (PSol-RJ) foi assassinada em 2018 e é citada como exemplo de violência política contra a comunidade LGBT+.