Guilherme Boulos promete recriar a Secretaria da Mulher em São Paulo
Em evento com mulheres da periferia, candidato destaca propostas para emprego e refuta risco de Covid-19 na campanha
atualizado
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São Paulo – O candidato Guilherme Boulos (PSol) garantiu, na tarde desta quarta-feira (25/11), que, se eleito, criará uma secretaria voltada para a defesa dos direitos das mulheres. O socialista organizou uma reunião com eleitoras da periferia em Itaquera, zona leste de São Paulo.
“Hoje é o dia internacional de combate à violência contra a mulher”, lembrou Boulos, destacando que, na plateia, havia parteiras, militantes contra o feminícido e a violênvia doméstica. “Reafirmei meus compromissos. O primeiro deles é recriar a Secretaria da Mulher, para combater o machismo e defender os direitos delas”, afirmou.
Atualmente, existe uma Coordenação de Direitos das Mulheres no âmbito da Secretaria de Direitos Humanos, de acordo com a Prefeitura de São Paulo.
Boulos também prometeu o reforço da Patrulha Cidadã da Lei Maria da Penha, braço da Guarda Civil Metropolitana responsável por proteger e dar auxílio a mulheres que foram vítimas de violência doméstica. “Vamos criar casas de acolhimento, pois muitas vezes o que acontece, depois das denúncias, é as mulheres voltarem para as casas onde estão os agressores”, acrescentou.
Outra proposta do psolista é criar casas públicas de parto. Hoje, segundo ele, existem apenas duas: uma no Jardim Ângela e a outra no Sapobemba, nas zonas sul e leste de São Paulo. “Vamos ampliar essa rede em diálogo com as mulheres”, disse.
Covid-19, emprego e Lula
Em relação ao risco de Covid-19 na campanha, após a deputada Sâmia Bonfim (PSol) ter contraído a doença, Boulos refutou que haja integrantes com sintomas. Nesta quinta (26/11), o candidato deve fazer, ele próprio, um teste para saber se tem o vírus. “A campanha continua”, afirmou.
Boulos também voltou a dar destaque a três propostas para gerar emprego e renda: a renda solidária (aos moldes do Bolsa Família, para um milhão de famílias); a criação de frentes de trabalho na prefeitura, com cinco mil vagas iniciais; e estimular a economia solidária, por exemplo, promovendo a confecção de uniformes escolares em cooperativas de costureiras. “Vamos viabilizar um modelo como esse”, garantiu.
Questionado pela imprensa estrangeira sobre a influência de Lula em sua carreira política, tergiversou: “Lula construiu a sua história. Agora, estou construindo a minha”.