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“Estou muito alinhada à agenda de Boulos”, afirma trans Erika Hilton

Mulher eleita com mais votos no Brasil, negra e transexual, psolista diz que prioridade é combater tucanos na Câmara e eleger Boulo

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Erika Hilton (PSOL) é a primeira mulher transgênero a ocupar uma cadeira na Câmara Municipal de São Paulo
1 de 1 Erika Hilton (PSOL) é a primeira mulher transgênero a ocupar uma cadeira na Câmara Municipal de São Paulo - Foto: Fábio Vieira/Especial Metrópoles

São Paulo — A vereadora eleita em São Paulo Erika Hilton (PSol) será a primeira transexual a ocupar uma cadeira na Câmara Municipal de São Paulo, num momento em que outros quatro candidatos defensores da causa LGBT+ também se elegeram vereadores. Hilton foi a mais votada das minorias, com 50.508 votos, e a mulher com mais eleitores no país.

Em entrevista ao Metrópoles, na casa do seu companheiro em um prédio no centro de São Paulo, a psolista disse estar muito alinhada à agenda do Guilherme Boulos: “Vamos fazer um trabalho árduo para que ele possa ocupar a cadeira da prefeitura e promova a pauta da moradia social”.

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Vereadora eleita Erika Hilton (PSOL)
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No primeiro ano de mandato, pretende fazer oposição aos vereadores do PSDB, ampliar o programa Transcidadania e promover o prêmio Carolina de Jesus. Tratam-se de programas voltados para as minorias negras, LGBT+ e feministas. “Mas não quero ser uma vereadora de nicho. Esta é a maior cidade da América Latina”, previu.

Erika tem um passado repleto de prostituição, drogas, horrores e morte. Orgulha-se de chegar à casa legislativa quando a maioria dos seus semelhantes vive na miséria, porque poderá representá-los e, na melhor das hipóteses, promover inclusão social.

Ruptura

“Um corpo abjeto se eleger com cinquenta mil votos em São Paulo é uma ruptura com uma estrutura de dominação”, afirma, considerando que as chamadas minorias são empurradas pelo stado à marginalidade.

“Este corpo está conseguindo avançar”, pondera. “É um grande passo na mudança de pensamento da população, é um avanço no nosso trabalho de base, que já fazemos há muito tempo. É uma luta histórica, ancestral”, disse Erika.

Segundo ela, o movimento LGBT+ foi, de certa forma, impulsionado pelo bolsonarismo. “Em 2018, todo mundo se sentiu intimidado”, lembrou, explicando que o medo levou à reação.

Sobre pautas ligadas à educação e saúde, a vereadora cita Paulo Freire e defende investimentos nos equipamentos públicos, destacando o papel educativo da cultura e esportes e a importância das UBS’s e CRAS’s no atendimento à população. “A educação, saúde e cultura estão atrelados à qualidade de vida e à melhoria da sociedade de modo geral”, considera a futura parlamentar.

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