Em evento para “virar votos”, Guilherme Boulos fala a militantes do PSol
Candidato à prefeitura de São Paulo se reuniu com outras lideranças do partido para motivar apoiadores
atualizado
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São Paulo – Um ato de campanha de Guilherme Boulos (PSol) no Largo da Batata, neste domingo (1º/11), reuniu lideranças do partido e candidatos a vereador para motivar a militância a “virar votos”. Estiveram presentes, além do candidato a prefeito de São Paulo, os deputados estaduais Mônica Seixas (PSol-SP) e Carlos Giannazi (PSol-SP); além dos deputados federais Sâmia Bonfim (PSol-SP) e Glauber Braga (PSol-RJ).
“Todos vocês aqui têm tarefa. Nós temos que conversar com as pessoas na feira, no caminho do trampo. Vai ser voto a voto”, disse Mônica Seixas, orientando a militância a enfatizar a imagem de Luiza Erundina, vice de Guilherme Boulos. “As pessoas ficam muito comovidas com ela, muito gratas pela sua trajetória.”
Luiza Erundina, ex-prefeita de São Paulo, tem tomado papel central na campanha, como uma estratégia de conquistar votos entre os mais pobres e moradores da periferia, entre os quais a imagem de Guilherme Boulos não vai tão bem.
A presença do deputado federal pelo Rio Glauber Braga deu ares de nacionalização da campanha. “Muitos imaginavam que a esquerda brasileira estava acabada. Pelo contrário, há uma onda de uma nova esquerda, uma esquerda vibrante na América Latina, e São Paulo será a capital da virada”, disse o parlamentar fluminense, fazendo referência às eleições na Bolívia e ao referendo constitucional no Chile.
Sâmia Bonfim foi uma das vozes mais aplaudidas. A deputada foi responsável por uma grande leva de novos filiados ao partido, principalmente mulheres e pessoas negras. “Cada um que está aqui precisa convencer mais cinco pessoas. E não basta isso, precisamos de base de apoio”, afirmou, referindo-se a buscar votos para vereadores.
Como tem sido protocolo nos atos do PSol, Guilherme Boulos discursou ao fim do evento. O candidato relembrou as sucessivas derrotas que a esquerda tem sofrido no cenário nacional, como o impeachment de Dilma Rousseff (PT) e a eleição vencida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
“As pessoas não estão indo para a rua não porque estamos perdendo o povo para a direita. Nós estamos perdendo o povo para a depressão. Chegou o momento de, no meio de uma tragédia como essa pandemia, a gente virar e fazer desse momento um momento histórico para o Brasil. O que está acontecendo é maior do que a nossa campanha”, disse Boulos.
Confusão
Apesar do clima festivo, foi registrada uma confusão pontual. No fim do evento, houve bate boca entre opositores. Uma garrafa de cachaça com um adesivo de Arthur do Val (Patriota) foi arremessada, mas os ânimos foram contidos.