Eleições: 2º turno em Macapá pode levar 292,7 mil às urnas neste domingo
Pleito na capital do Amapá foi adiado em razão de um apagão que durou mais de 20 dias no estado. Disputa está entre Dr. Furlan e Josiel
atualizado
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O segundo turno da eleição que irá definir quem será o novo prefeito de Macapá, capital do Amapá, está sendo realizado neste domingo (20/12). O pleito na capital foi adiado em razão de um apagão que durou em quase todo o estado por mais de 20 dias.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as votações ocorrem das 7h às 17h deste domingo. São 292,7 mil eleitores aptos ao voto em mais de 700 seções eleitorais.
A disputa pela Câmara Municipal de Macapá está entre o deputado estadual Dr. Furlan (Cidadania) e o empresário e jornalista Josiel (DEM), irmão do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
No primeiro turno, realizado em 6 de dezembro, Josiel teve 29,47% dos votos válidos e Dr. Furlan ficou com 16,03%. Na ocasião, a abstenção ao pleito foi de 25,81%, o equivalente a 75,5 mil eleitores.
Causas do apagão
De acordo com um relatório do Corpo de Bombeiros divulgado no início da semana, a subestação de Macapá que pegou fogo e levou ao apagão de 22 dias em 13 dos 16 municípios do Amapá não tinha sistemas preventivos contra incêndio.
“Durante as conversações e coletas de dados para o preenchimento do relatório de ocorrência, questionamos sobre os sistemas preventivos daquela planta, bem como do plano de ação em caso de sinistro. Obtivemos a resposta que não possuíam”, diz o Relatório de Análise de Perturbação (RAP), documento produzido pelo Operador Nacional do Sistema (ONS).
O documento afirma que não foram identificados “sistemas preventivos no entorno da região sinistrada”, salvo uma parede que separava o “transformador sinistrado dos demais e o deck que o cercava”.
Segundo o relatório, as estruturas no local do incêndio não eram suficientes para combatê-lo.
A ONS também produziu um relatório preliminar sobre o apagão. O órgão é responsável pela coordenação e pelo controle da operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional e pelo planejamento da operação dos sistemas isolados do país.
O documento foi formulado em 17 de novembro e descreve que o apagão iniciado às 20h48min do dia 3 de novembro foi resultado de uma “contingência múltipla”.
“O evento em pauta foi resultado de contingência múltipla (indisponibilidade do TR-2 e perda dos outros dois transformadores em um mesmo evento), e que a carga local já é suprida conforme critério estabelecido no planejamento da expansão (n-1) para todas as subestações do país”, descreve o documento.