Polícia Federal prende hacker suspeito de invadir sistema do TSE
Inquérito policial investiga um grupo de hackers brasileiros e portugueses, liderados por um cidadão português
atualizado
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A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã deste sábado (28/11), ação – batizada de Operação Exploit – para desarticular a associação criminosa que teria promovido os ataques hackers a sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante o primeiro turno das eleições 2020.
O inquérito policial aponta que um grupo de hackers brasileiros e portugueses – liderados por um cidadão português, preso nesta manhã – foi responsável pelos ataques criminosos. Os investigados tiveram acesso e divulgação ilegal de informações de servidores públicos do tribunal eleitoral.
Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão e três medidas cautelares de proibição de contato entre investigados nos estados de São Paulo e Minas Gerais. Além disso, em Portugal, foi cumprido um mandado de prisão e um mandado de busca e apreensão contra o líder do grupo criminoso.
“Os crimes apurados no inquérito policial são os de invasão de dispositivo informático e de associação criminosa, ambos previstos no Código Penal; além de outros previstos no Código Eleitoral e na Lei das Eleições (9.504/97)”, informou a PF, em comunicado à imprensa.
“Não foram identificados quaisquer elementos que possam ter prejudicado a apuração, a segurança ou a integridade dos resultados da votação”, prosseguiu a corporação, desmentido informações divulgadas em redes sociais por grupos de extrema-direita, o que preocupou cientistas políticos.
As ações se desenvolvem com a cooperação da Polícia Judiciária Portuguesa. Os mandados cumpridos no Brasil foram expedidos pelo Juízo da 1ª Zona Eleitoral do Distrito Federal, após representação efetuada pela Polícia Federal e manifestação favorável da 1ª Promotoria de Justiça Eleitoral.
O presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, determinou no último dia 19 a criação de uma Comissão de Segurança Cibernética para acompanhar a investigação da PF. O grupo é presidido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do inquérito das Fake News.