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Ciro dispara contra união de Moro, Huck e Doria: “Vamos ter compostura”

Ex-presidenciável chama ex-ministro de Bolsonaro de fascista e afirma que governador de SP tem legitimidade, mas mentiu para a população

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agenda marcio franca e ciro gome eleicoes sp 2020 11
1 de 1 agenda marcio franca e ciro gome eleicoes sp 2020 11 - Foto: Fábio Vieira/Especial Metrópoles

São Paulo – O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) disparou ataques nesta segunda-feira (9/11) contra o ex-juiz Sergio Moro, o apresentador Luciano Huck e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que discutem a formação de uma candidatura de “centro-direita” na eleição presidencial de 2022.

“A fraude que campeia o Brasil não cede espaço. Porque o dia em que Doria, Huck e Moro forem de centro, eu sou de ultraesquerda, o que eu nunca fui. Vamos ter compostura”, falou o ex-candidato a presidente, para jornalistas, em São Paulo, após participar de um evento em que declarou apoio ao candidato a prefeito Márcio França (PSB).

Ciro afirmou que Moro é de extrema-direita e fascista. “O Moro se veste como os fascistas italianos da década de 30, sempre com a camisa escura sob o paletó escuro. O Moro é fascista”, afirmou.

O pedetista disse ainda que o ex-juiz “vendeu a toga”, se referindo à condenação do ex-presidente Lula. “Tirou adversário político [do presidente Jair Bolsonaro] da eleição e em seguida aceitou ser ministro do adversário político que ganhou a eleição. Isso é uma lesão ética que transforma o Moro em um grande malandro, em um corrupto que durante o governo Bolsonaro fez de tudo para acobertar os filhos ladrões do Bolsonaro”, afirmou.

“O Luciano Huck é um apresentador de televisão, uma das tarefas das mais dignas. Isso o prepara para enfrentar a maior crise social e econômica do Brasil? Isso o habilita a ser [presidente]? Só a irresponsabilidade de algumas pessoas da elite brasileira é que permite a gente acreditar nisso”, emendou Ciro.

Sobre Doria, Ciro diz que o governador de São Paulo tem legitimidade porque “já entrou na luta”, mas mentiu para a população quando disse que não deixaria a prefeitura da capital paulista. “Ele se chamava de BolsoDoria. E, de repente, agora é maior inimigo de infância do Bolsonaro. Está enganando quem? Por que ele não se apresenta na campanha agora? Mas ele tem legitimidade, vai terceirizar a prefeitura para o MDB, vai terceirizar o governo do estado para o DEM, para ele ser o presidente da República”, acrescentou.

O pedetista declarou estar pronto para enfrentar uma candidatura articulada pelos três. “Agora, se apresentar de centro? Não vai não. Na minha frente, nem um dia.”

Encontro com Lula

Em relação ao encontro com Lula em setembro, Ciro afirmou que os dois tiveram uma “conversa muito franca”. “As pessoas gostariam que usasse uma expressão popular: lavamos a roupa suja para valer. Eu diria que, do ponto de vista das compreensões da questão brasileira para trás e para frente, continuamos como estávamos antes, mas me agrada a ideia de que a gente faça política conversando”, disse.

Segundo Ciro, nem ele nem o ex-presidente Lula deram uma sinalização concreta de aproximação. “Nem eu nem ele tratamos disso porque nós somos experientes, muito vividos. O que está em jogo no Brasil é uma disputa de hegemonia. O que eu quero é que essa hegemonia seja arbitrada pelo conjunto da sociedade brasileira e não gabinetes, jogatinas, donos da bola…”, acrescentou.

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Márcio França ao lado de Ciro Gomes
Ciro, em apoio a campanha do de Márcio França, em Sao Paulo
Ciro Gomes em campanha ao lado de Márcio França
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Márcio França, do PSB

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Ciro Gomes em campanha ao lado de Márcio França

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Ciro em campanha em São Paulo na reta final do 1º turno

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Ciro é candidato do PDT ã Presidência da República em 2022

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