Bolsonaro diz que eleições municipais estão dissociadas do pleito de 2022
Declaração do presidente se refere ao baixo resultado alcançado por candidatos que tiveram seu apoio nas eleições deste ano
atualizado
Compartilhar notícia
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta segunda-feira (16/11) que as eleições municipais deste ano estão dissociadas das eleições presidenciais de 2022.
A declaração foi feita a apoiadores, no Palácio da Alvorada, após um simpatizante dizer que a imprensa estava declarando a perda do chefe do Executivo federal em uma possível reeleição em 2022 em razão do resultado das eleições deste ano – apenas 12 dos 59 candidatos apoiados por Bolsonaro conseguiram se eleger.
“Quer dizer, como a maioria dos que apoiei não se elegeram, é sinal que eu perdi em 22. É isso? Só para recordar um fato, né: em 2016, o Alckmin elegeu o Doria, em primeiro turno, coisa rara em São Paulo. Dois anos depois, o Alckmin teve 4% nas eleições presidenciais. Então, a eleição municipal é dissociada das majoritárias. E eu não estou preocupado com 2022, não, tá ok? Isso aí é problema de todos nós”, assegurou.
No total, o presidente Jair Bolsonaro realizou propaganda partidária para 59 candidatos durante transmissões ao vivo em suas redes, na semana passada. Desse montante, de acordo com levantamento feito pelo Metrópoles junto à base de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apenas 12 conseguiram se eleger.
Outros 45 políticos não ganharam apoio considerável dos eleitores locais – especialistas avaliam que Bolsonaro e aliados perderam corpo no pleito, com resultados abaixo do esperado.
Dois candidatos a prefeito apoiados por Bolsonaro – Marcelo Crivella (Republicanos), no Rio de Janeiro (RJ), e Capitão Wagner (Pros), em Fortaleza (CE) – disputarão o segundo turno.
Entre os nomes que não conquistaram apoio dos eleitores está a postulante a vereadora de Angra dos Reis (RJ) Wal Bolsonaro (Republicanos), a Wal do Açaí, que obteve menos de 300 votos.
Por outro lado, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) conseguiu se reeleger com 71 mil votos, mas ficou atrás na corrida para o vereador Tarcísio Motta (PSol), com 86,2 mil votos.
