Bolsonarista ex-Funarte tenta se eleger prefeito e fica em penúltimo lugar
Dante Mantovani concorreu ao comando da cidade de Paraguaçu Paulista (SP), mas obteve apenas 1,4 mil votos
atualizado
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O ex-presidente da Fundação Nacional da Arte (Funarte) Dante Mantovani (Republicanos) conquistou 1.442 votos durante as eleições municipais deste ano e ficou na quarta, e penúltima, colocação na corrida à prefeitura de Paraguaçu Paulista (SP).
Sem apoio público do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) – governo no qual Mantovani defende com unhas e dentes – o maestro angariou apenas 6,8% dos 23.170 votos computados. O primeiro colocado, Antian (PSD), obteve 7.001 votos.
Apesar de não figurar entre os 59 nomes apoiados por Bolsonaro – Dante seria o 46º não eleito –, o músico recebeu apoio da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, em vídeo compartilhado em uma rede social.
“Nós precisamos mudar o Brasil começando pelos municípios. O Dante é nosso parceiro na luta em defesa das crianças, da família, dos idosos e no enfrentamento da violência contra a mulher. Eu conheço o Dante e sei do trabalho dele”, disse.
Mantovani foi alçado duas vezes à presidência da Funarte durante o governo de Jair Bolsonaro. Em vídeo publicado nas redes sociais, o músico chegou a associar o rock ao aborto e disse que “Deus inventou a música e o diabo à corrompeu”.
Ele anunciou a pré-candidatura à prefeitura de Paraguaçu Paulista na noite do dia 20 de julho ao destacar ser do mesmo partido que Flávio e Carlos Bolsonaro. No Twitter, a publicação recebeu 84 curtidas, 28 retuítes e apenas dois comentários.
Procurado pelo Metrópoles na noite desta segunda-feira (16/11) para comentar o resultado das eleições municipais deste ano, Mantovani não se manifestou. O espaço, contudo, segue aberto.
Em uma rede social, o maestro indicou, ao citar comentário do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, que as eleições deste ano teriam sido fraudadas em meio a instabilidades apresentadas no sistema.
“Grande mídia insistindo que as urnas eletrônicas são muito seguras, e que ninguém nunca apresentou provas de fraudes. Mentira. Eu como jornalista e depois como militante na eleição de Jair Bolsonaro em 2018 apresentei várias provas”, disse.
“Luís Barroso diz que as eleições de 2020 foram tranquilas e normalíssimas. Agora está tudo bem pessoal, pode acreditar”, ironizou.
Como mostrou o Metrópoles, o primeiro turno das eleições municipais foi marcado por uma série de instabilidades em sistemas do TSE, o que alimentou uma série de “teorias da conspiração” sobre fraudes e apelos à volta do voto impresso.