Barroso descarta fraudes e diz não ter “poder sobre imaginário das pessoas”
O presidente do TSE garantiu, em coletiva de imprensa neste domingo (15/11), que “não há como fraudar” o sistema eleitoral brasileiro
atualizado
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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, garantiu mais uma vez, na noite deste domingo (15/11), que “não há como fraudar” o sistema eleitoral brasileiro.
A declaração foi feita durante coletiva à imprensa e após aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) questionarem, nas redes sociais, a confiabilidade do sistema.
“Eu trabalho com fatos reais e os fatos são: ao final do dia de votação, a urna imprime o resultado. Ponto. Não há mais como fraudar”, afirmou Barroso. “Eu não tenho poder sobre o imaginário das pessoas, mas o fatos são simples assim: não é possível que aconteça nada”, prosseguiu.
Os comentários nas redes sociais acerca da confiabilidade do sistema eleitoral ocorreram após o TSE informar, por meio de um comunicado, que “em razão de uma lentidão no processo de totalização dos votos, está ocorrendo um atraso para a divulgação dos resultados da apuração”.
O tribunal ressaltou, no entanto, que a lentidão não tem relação com o “vazamento de dados pessoais de servidores e nenhuma relação com a tentativa de ataque cibernético registrada pela manhã”.
De acordo com o presidente do TSE, a lentidão registrada na noite deste domingo foi provocada por uma falha em um dos processadores.
“Houve um atraso na totalização dos resultados por força de um problema técnico que foi exatamente o seguinte: um dos núcleos de processadores do supercomputador que processa a totalização falhou e foi preciso repará-lo. Essa é a razão técnica pela qual houve o atraso e amanhã eu espero ter condições de dar a explicação técnica possível”, disse.
Durante a coletiva, Barroso ainda afirmou que “a ideia de que a demora possa trazer alguma consequência para o resultado não faz nenhum sentido”.
Nas eleições deste ano, a totalização dos votos foi concentrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e não mais nos tribunais regionais, como no pleitos anteriores. Trata-se de um avanço na tecnologia de apuração.
Segundo Barroso, por volta das 22h deste domingo, o TSE já havia recebido 96% dos resultados dos estados do país, tendo totalizado 77% deles.
“De fato, houve uma alteração, e a totalização passou a ser feita no TSE. Não foi uma decisão minha. Desde o primeiro momento, eu não tive simpatia por essa opção, mas foi a estabelecida e eu segui. Muito possivelmente, por ser uma novidade, pode ser uma das razões da instabilidade que nós sofremos”, afirmou.