Barroso comemora fim das eleições: “Tudo vai bem quando acaba bem”
Ministro festejou a rapidez da apuração e o fato de que a Justiça Eleitoral conseguiu evitar a prorrogação de mandatos, devido à pandemia
atualizado
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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, comemorou neste domingo (29/11) o fim do segundo turno das eleições em meio à pandemia do coronavírus. “Tudo vai bem quando acaba bem”, disse o ministro, citando Willian Shakespeare, em entrevista coletiva, logo após a totalização dos votos. O alívio pela não repetição das falhas na divulgação dos resultados ocorrida no primeiro turno era evidente.
Barroso lembrou os primeiros movimentos de se cancelar as eleições deste ano, algo que, segundo ele, o TSE se posicionou de forma contrária por entender que a prorrogação dos mandatos dos prefeitos que estavam no poder não faria bem para a democracia brasileira.
“Temos bons resultados para comemorar. Teve início um movimento de cancelamento das eleições, e o TSE se opôs e conseguiu neutralizar, porque a nosso ver isso teria um impacto negativo para a democracia brasileira. Evitada a prorrogação dos mandatos, nós instituímos uma comissão médica para monitorar a pandemia”, disse o ministro, lembrando que essa comissão recomendou o adiamento das votações, que, inicialmente, estavam marcadas para o início de outubro.
“Acertaram na previsão”, disse o ministro. “Nós conseguimos realizar as eleições sem que elas fossem um foco de disseminação do coronavírus”, disse Barroso.
“Muito feliz de poder anunciar o término das eleições municipais de 2020, com um resultado que corresponde a exata vontade do povo brasileiro. Eleições que no primeiro e segundo turno tiveram os seus resultados divulgados no mesmo dia em que realizadas”, comemorou o ministro.
Sem ataques
Barroso afirmou que não houve ataque “bem-sucedido” ao sistema eleitoral durante o segundo turno das eleições municipais.
“Não houve nenhum ataque bem-sucedido ao sistema eleitoral e mesmo ao sistema do Tribunal Superior Eleitoral”, disse durante coletiva à imprensa.
Barroso lembrou que, durante o primeiro turno, realizado há 15 dias, houve dois problemas, mas que nenhum teve “impacto na seguridade ou fidedignidade” do sistema eleitoral.
No primeiro turno, o sistema do TSE sofreu um ataque cibernético que consistiu em 436 mil conexões simultâneas por segundo, que tinham o intuito de derrubar o sistema do tribunal.
Os ataques, conhecidos por “negação de serviço com milhares de tentativas de acesso simultâneas”, partiram de Brasil, Estados Unidos e Nova Zelândia. A Polícia Federal investiga o caso.
Além disso, um outro ataque teve acesso a dados de 2020 de funcionários do tribunal.