WhatsApp: campanha de Bolsonaro quer notificar empresas e processar PT
Coordenadora jurídica em Brasília, Karina Kufa, afirmou que notificará as firmas citadas pela Folha para que expliquem propaganda ilegal
atualizado
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A campanha do candidato à Presidência da República do PSL, Jair Bolsonaro, afirmou nesta quinta-feira (18/10) que desconhecia os esquemas denunciados pela Folha de S. Paulo – de compra de “pacotes” de fake news disparadas pelo WhatsApp por empresas que apoiam o peesselista. Também revelou pretender criticar o adversário Fernando Haddad (PT). A informação é site de notícias Uol.
A coordenadora jurídica em Brasília, Karina Kufa, afirmou que notificará as empresas citadas pela Folha para que se expliquem. “É de total desconhecimento da campanha. Inclusive, estamos notificando as empresas citadas na matéria. Empresas que não conhecemos, e não temos qualquer contato”, afirmou.
Esses atos isolados não são autorizados pela campanha. Não temos qualquer anuência em relação a isso, mas temos que confessar que acaba sendo incontrolável
Karina Kufa, coordenadora jurídica da campanha de Bolsonaro em Brasília
Segundo a reportagem, a advogada promete intensificar as ações contra o candidato do PT, e informou que entre estas quinta e sexta-feira será apresentadas 10. No primeiro turno, a campanha bombardeou Haddad com mais de 60 pedidos de resposta.
Entenda
Empresas que apoiam Bolsonaro teriam comprado pacotes de disparos em massa de mensagens, por meio do WhatsApp, com a intenção de atingir a campanha de Haddad, a poucos dias do segundo turno das eleições presidenciais. A prática é vedada pela legislação eleitoral por se tratar de doação não declarada, uma vez que é financiada por empresas privadas.
De acordo com o jornal, os contratos são referentes a centenas de milhões de mensagens e chegam a custar R$ 12 milhões cada. Entre as empresas compradoras dos pacotes, está a Havan, cujo dono, Luciano Hang, foi denunciado à Justiça Trabalhista por supostamente ter coagido empregados a votarem em Bolsonaro no primeiro turno.
Outra prática ilegal dessa campanha é que ela se utiliza de dados de usuário do próprio candidato ou bases vendidas por agências de estratégia digital, o que fere a legislação.