WhatsApp bane contas de empresas suspeitas de disparar fake news
Quatro agências teriam sido contratadas por apoiadores de Bolsonaro para supostamente disseminar pacotes de mensagem contra o PT
atualizado
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O WhatsApp informou nesta sexta-feira (19/10) que baniu contas vinculadas a empresas acusadas de fazer envio em massa de mensagens para campanhas políticas nas eleições deste ano. As informações estão no portal G1.
A empresa afirmou em nota:
“O WhatsApp baniu proativamente centenas de milhares de contas durante o período das eleições no Brasil. Temos tecnologia de ponta para detecção de spam que identifica contas com comportamento anormal para que não possam ser usadas para espalhar spam ou desinformação. Também estamos tomando medidas legais imediatas para impedir empresas de enviar mensagens em massa via WhatsApp e já banimos contas associadas a essas empresas”.
Entre os números bloqueados estão contas usadas pelas agências Quickmobile, Yacows, Croc services e SMS Market. Estas quatro agências foram citadas em reportagem do jornal Folha de S.Paulo: elas teriam sido contratadas por apoiadores do candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, para supostamente disparar pacotes de mensagens contra o PT.
O WhatsApp disse que não tem o número exato de contas bloqueadas. Segundo a empresa, uma investigação interna continua a ser feita para identificar outras fontes de envios de spam e desinformação durante as eleições.
Além disso, o WhatsApp ressaltou três pontos que considerou importantes:
- “Estamos levando a denúncia a sério e tomando medidas legais”.
- “Já banimos diversas contas desse tipo de empresas de mensagens em massa”.
- “Estamos comprometidos a reforçar as políticas do WhatsApp igualmente e de forma justa para proteger a experiência do usuário”.
Legislação eleitoral
Essa prática de envio em massa de mensagens eleitorais, em tese, pode ser ilegal, caso seja considerada pela Justiça como doação de campanha feita por empresas: prática vetada em 2015. O uso de bases de terceiros também pode ser considerado ilegal, já que a lei permite apenas a utilização de listas de apoiadores do próprio candidato (nos casos de números cedidos de forma voluntária).