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Vagabundo é juiz que tem auxílio-moradia com casa própria, diz Boulos

Em entrevista ao Metrópoles, o candidato pelo PSol à Presidência apresentou suas propostas e disse querer participação social

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1 de 1 Boulos 6 - Foto: Michael Melo / Metrópoles

Em entrevista ao Metrópoles, nesta sexta-feira (29/6), Guilherme Boulos, pré-candidato à Presidência pelo PSol, afirmou que sua corrida ao Palácio do Planalto não é apenas figurativa. Segundo ele, o partido está em campanha para vencer de fato o pleito e poder, assim, mudar o Brasil.

“Nós temos que fazer a mudança junto com a sociedade. O Brasil é muito maior que a Praça dos Três Poderes. Nós vamos cortar os privilégios, cortar auxílio-moradia, salário acima do teto. Vagabundo pra mim é juiz que recebe auxílio-moradia tendo casa própria”, espinafrou.

Em outros momentos da entrevista, Boulos atacou o adversário Jair Bolsonaro (PSL) e, além de prometer acabar com diversos privilégios, entre eles os que beneficiam o judiciário brasileiro, disse que a sociedade terá voz ativa quando estiver à frente do governo federal.

Assista à entrevista completa:

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Guilherme Boulos concorre pelo PSol
O pré-candidato do PSol prometeu ainda que irá governar junto com a sociedade
E terá Luiza Erundina como candidata à vice
Boulos é o candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo
Boulos disputa a prefeitura de São Paulo pelo Psol
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O pré-candidato do PSol prometeu ainda que irá governar junto com a sociedade

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E terá Luiza Erundina como candidata à vice

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Boulos é o candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo

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Boulos disputa a prefeitura de São Paulo pelo Psol

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“A aliança que estamos fazendo é de baixo para cima. É uma nova forma de fazer política. Nós nem queremos dinheiro de empreiteira, nós temos uma coisa chamada coerência. É isso que representa a nossa candidatura. Um trabalho porta a porta”, afirmou.

Para Boulos, o sistema político brasileiro está falido e hoje a política no país é feita somente com o “toma lá, dá cá”. Ele criticou a forma de financiamento de campanhas eleitorais porque, para ele, mesmo que a doação por empresas tenha sido proibida, o poder econômico dos setores mais ricos do país continuam comandando a política. “Se antes doava com CNPJ, hoje doa com CPF. Continua a mesma coisa”, disse.

Para ele, esse sistema cria máfias no Congresso e deixa os parlamentares como reféns de seus financiadores. “A bancada ruralista é o que? É quem foi bancado pelo agronegócio”, disse, citando também outras bancadas temáticas da Casa como exemplo. “O voto não pode ser um cheque em branco”, disse.

Dentre as propostas do pré-candidato, está a realização de uma grande e profunda reforma tributária que não privilegie os mais ricos e a taxação de grandes fortunas.

Reforma tributária é o caminho para que o país volte a crescer. Outra coisa, nós precisamos acabar com a farra dos empresários O bolsa família é sardinha, o bolsa empresário é salmão

Guilherme Boulos

Boulos ressaltou que o PT poderia ter feito essas mudanças quando esteve no poder, mas não quis. “O PT não se dispôs a implementar a taxação das grandes fortunas”, disse.

Para Boulos, o Brasil é um “grande Robin Hood invertido”. “Primeiro, nós precisamos fazer uma grande reforma tributária. O Brasil é um grande Robin Hood ao contrário. O Estado brasileiro tira do pobre e da classe média para dar ao rico. Quem paga imposto no Brasil é quem não tem advogado tributarista. Os grandes bancos e empresas não pagam, sonegam”, disse.

Sobre a possibilidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ser candidato, Boulos diz que isso não atrapalharia a sua campanha à Presidência porque sua candidatura “não depende de outras”. “Inclusive, nós defendemos que ele seja candidato. Ele é um preso político”. Lula está preso em Curitiba desde abril e ainda não há definição da Justiça sobre se ele poderá ser candidato ou não.

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