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Troca-troca: 37% dos deputados distritais devem usar janela partidária

Dos 24 deputados distritais, nove podem trocar de sigla para as próximas eleições. Prazo para a mudança será aberto no dia 7 de março

atualizado

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Giovanna Bembom/Metrópoles
Brasília(DF), 09/02/2017 – CLDF. Foto: Giovanna Bembom/Metrópoles
1 de 1 Brasília(DF), 09/02/2017 – CLDF. Foto: Giovanna Bembom/Metrópoles - Foto: Giovanna Bembom/Metrópoles

A população vai às urnas daqui a oito meses e políticos ainda articulam a escolha de legendas que prometem um cenário mais favorável para a vitória. A provável mudança tem data marcada: a partir de 7 de março, quando a janela partidária será aberta. Dos 24 deputados distritais, nove indicam probabilidade de trocarem de sigla — a quantidade representa 37,5% dos membros da Câmara Legislativa (CLDF).

Durante 30 dias, os parlamentares poderão trocar de agremiação sem o risco de perder o mandato. Segundo a legislação eleitoral, a cadeira parlamentar conquistada nas eleições pertence ao partido político pelo qual o cidadão se elegeu.

Os casos dados como certos incluem de Cláudio Abrantes (sem partido) e de Sandra Faraj, expulsa do Solidariedade no último dia 20. Ambos planejam disputar reeleição, mas, para isso, precisam se filiar a alguma sigla.

Se outro candidato com mandato entrar no PR com pretensões de se candidatar a um cargo na Casa, Bispo Renato Andrade se prepara para zarpar da legenda na qual está associado há mais de duas décadas. “Aí não tem como eu ficar”, frisa. 

Pré-candidato à reeleição, Rodrigo Delmasso assume estar de malas prontas para a saída do Podemos, caso não seja formado um grupo forte o suficiente para assegurar a quantidade mínima de votos para manter-se na Casa após 2018. O distrital conta já ter sido procurado por agremiações como PSDB, DEM, PSD e PR. “Se até 7 de março o Podemos não construir uma chapa que tenha condições de eleger um deputado distrital, infelizmente, para não prejudicar o projeto político, não vou permanecer”, ressalta. 

A mesma preocupação assombra Lira (PHS). No fim do ano passado, o parlamentar enfrentou um impasse quando a Executiva regional decidiu pelo desembarque da base do GDF e ele bateu o pé. O distrital chegou a ser convocado para dar explicações, mas garantiu que tudo foi resolvido. “O que me preocupa é a nominata formada pelos candidatos que podem trazer votos para o partido. Estou de olho nisso e seria o único motivo que me faria sair”, diz. 

Juarezão (PSB), por outro lado, se mostra indeciso e afirma ter recebido convites para agregar outras chapas, mas não dá ainda um posicionamento sobre o assunto.

Integrante do PSDB, Robério Negreiros declara que só permanecerá se o clima for apaziguado entre os correligionários, divididos entre opositores e aliados do governador Rodrigo Rollemberg (PSB).  Rafael Prudente admite que a janela partidária é um momento de “reflexão”, apesar da “tendência ser continuar no MDB”. Lira, Juarezão, Robério e Rafael indicam intenção de disputar reeleição.

Em uma situação menos favorável para entrar na corrida eleitoral, Liliane Roriz, ainda inelegível, possui desavenças responsáveis por tornar quase inevitável a saída do PTB. O presidente da sigla no DF, Alírio Neto, não esconde a falta de afinidade com a filha caçula do ex-governador Joaquim Roriz. Nos bastidores, Liliane demonstra vontade de alçar voos mais altos, como a Câmara dos Deputados ou o Senado Federal, caso consiga disputar novamente as eleições. A assessoria de imprensa afirmou que a deputada não se pronunciaria.

O Metrópoles procurou cada um dos deputados distritais para questioná-los se há vontade de usar a janela partidária. Confira as respostas abaixo:

 

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Por meio da assessoria, Agaciel Maia (PR) declarou que continuará no partido
A deputada Celina Leão (PPS) disse que tem recebido "muitos convites", mas não tem vontade de deixar a sigla. "Minha permanência deve ser no PPS, até por fidelidade ao Cristovam [Buarque, senador]"
Exercendo o quarto mandato de deputado distrital na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), Chico Leite é procurador de Justiça licenciado. Foi eleito pela primeira vez em 2006, pelo PT. Faz parte da coligação Brasília de Mãos Limpas, que tem Rodrigo Rollemberg (PSB) como candidato ao governo do Distrito Federal.
"Se eu viver cem anos, serão cem anos dedicados ao PT", assegura Chico Vigilante
Cláudio Abrantes defende uma reforma política "para discutirmos além da eleição"
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O ex-deputado distrital Bispo Renato (PL) lançará 25 propostas para melhorias na educação do Distrito Federal

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Por meio da assessoria, Agaciel Maia (PR) declarou que continuará no partido

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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A deputada Celina Leão (PPS) disse que tem recebido "muitos convites", mas não tem vontade de deixar a sigla. "Minha permanência deve ser no PPS, até por fidelidade ao Cristovam [Buarque, senador]"

Daniel Ferreira/Metrópoles
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Exercendo o quarto mandato de deputado distrital na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), Chico Leite é procurador de Justiça licenciado. Foi eleito pela primeira vez em 2006, pelo PT. Faz parte da coligação Brasília de Mãos Limpas, que tem Rodrigo Rollemberg (PSB) como candidato ao governo do Distrito Federal.

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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"Se eu viver cem anos, serão cem anos dedicados ao PT", assegura Chico Vigilante

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Cláudio Abrantes defende uma reforma política "para discutirmos além da eleição"

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Cristiano Araújo ficou de fora da próxima CLDF e deve investir na participação, mesmo que informal, no governo Ibaneis

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Professor Israel Batista é deputado federal pelo Partido Verde

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Presidente da CLDF e articulador do PDT no Distrito Federal, Joe Valle não definiu ainda em qual chapa irá participar

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"Juarezão (PSB) recebeu convite de outros partidos, mas não tem um posicionamento ainda”, declarou a assessoria do deputado

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Julio Cesar (PRB) explica que continuará no partido, pois se identifica com a ideologia, "pautada na ética e no comprometimento em servir o povo"

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Inelegível, Liliane Roriz terá dificuldades de conseguir disputar um cargo pelo PTB

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Lira foi eleito e disputará a reeleição pelo PHS

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A assessoria de imprensa de Luzia de Paula (PSB) garantiu que ela não deixará o PSB e é pré-candidata a reeleição

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Rafael Prudente é o único representante do MDB na CLDF, partido do governador Ibaneis Rocha

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Reginaldo Veras (PDT) foi enfático: "Só saio se me expulsarem"

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Diretor da Adasa: Raimundo Ribeiro. O distrital se candidatou à reeleição em 2018. Porém, com 5.894 votos, não conseguiu. A ideia de Ibaneis é colocar Ribeiro no comando da agência, o que pode ocorrer a partir de 2020, quando acaba o mandato de Paulo Salles

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Ricardo Vale é do PT e nunca mudou de partido

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Robério Negreiros está insatisfeito com a atual situação do PSDB. O partido está divido entre opositores e aliados do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB). "Gostaria de permanecer, mas desde que esteja apaziguado", esclarece

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Rodrigo Delmasso enfrenta dificuldade em sair do Podemos devido ao potencial que tem de garantir votos

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Sandra Faraj foi expulsa do Solidariedade no último dia 20. "Eu só estava esperando mesmo a janela. Eu achei muito bom o que aconteceu, porque pelo menos tem uma coisa: eu estou liberada", dispara

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"Tive a possibilidade de escolher pelo Pros e estou satisfeita com a legenda", afirma Telma Rufino

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Wasny de Roure (PT) encerra em 2018 seu sexto mandato como deputado distrital na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). O economista foi eleito pela primeira vez em 1990. Com chapa puro sangue, o candidato do PT ao Palácio do Buriti é Júlio Miragaya.

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Presidente da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF): Wellington Luiz. O distrital tentou se reeleger nas eleições de 2018, mas obteve 11.663 votos e não garantiu uma vaga na CLDF para a próxima legislatura. É secretário-geral do MDB-DF, cargo estratégico na regional do partido. Agente aposentado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), presidiu o Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) por 12 anos. Em 2012, no governo de Agnelo Queiroz (PT), foi nomeado como secretário de Regularização de Condomínios

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Dança dos partidos
A Câmara Legislativa já foi palco de outras danças de partidos. Da conjuntura atual, 11 distritais não permaneceram nas legendas pelas quais foram eleitos há quatro anos. Entre os desertores está Luzia de Paula — ao deixar o PEN, ela não sofreu sanções da Justiça Eleitoral porque foi para a Rede, uma sigla recém-criada à época. Depois, se desligou e foi para o PSB.

Celina Leão migrou do PDT para o PPS na última janela partidária, em 2016. No mesmo período, o PRTB perdeu Liliane Roriz e Juarezão. Cristiano Araújo também optou pela troca e deixou o PTB pelo PSD. Agaciel Maia, Chico Leite, Claudio Abrantes, Raimundo Ribeiro, Telma Rufino e Robério Negreiros integram o restante da lista dos insatisfeitos com as siglas às quais disputaram as últimas eleições.

O que é
O período de livre filiação dos parlamentares ocorre de acordo com uma brecha instituída em 2015 na Lei dos Partidos Políticos, que estabelece as regras para desfiliação sem a perda do mandato. O terceiro item do artigo 22 permite mudança de agremiação durante 30 dias antes do prazo de filiação exigido em lei para concorrer à eleição. Neste ano, a data limite é 7 de abril, seis meses antes das votações. 

A norma vale apenas para detentores de mandatos eletivos proporcionais — caso dos vereadores e deputados. Presidente da República, governadores, prefeitos e senadores não entram na mesma regra.

De acordo com a Lei nº 9.096/1995, perderá o mandato quem se desfiliar sem justa causa. Além da janela partidária, as possibilidades de desligamento sem punição por infidelidade partidária são mudança substancial ou desvio reiterado do partido e grave discriminação da política social.

Na avaliação do advogado eleitoral e comentarista político Emerson Masullo, o percentual dos adeptos do troca-troca de legendas pode ser ainda maior. Segundo ele, é uma tática os deputados não anunciarem as mudanças partidárias com antecedência. “É uma prática comum no Brasil e em outros países não se lançar precocemente”, comenta.

Se lançar cedo e logo no início da janela pode significar um desgaste, que, por vezes, não é interessante.

Emerson Masullo, advogado eleitoral e comentarista político

O professor do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB) Ricardo Caldas avalia que os deputados escolherão abrigo onde há mais oferta de benefícios. Contudo, ele critica a janela partidária. “Todo deputado quer mais garantias de que vai ser eleito, quer mais compromissos, quer que o partido onde ele está ofereça o máximo para ele”, explica.

O nosso sistema eleitoral virou um leilão partidário. Qual seria a alternativa? Eu defendo o voto distrital. Ele gera um compromisso do deputado com a base. Não importa o partido, a base é a mesma, pois você vota por uma região geográfica.

Ricardo Caldas, professor da UnB


E os deputados federais? 
Entre os representantes dos brasilienses na Câmara dos Deputados, a desfiliação é menos provável. Dos oito, seis presidem diretórios regionais e não pretendem perder a majestade. Alberto Fraga (DEM) e Izalci Lucas (PSDB), porém, enfrentam perrengues que podem colocar em xeque a candidatura pelas siglas atuais.

À frente do PSDB-DF, Izalci Lucas encara oposição interna do grupo formado por simpatizantes de Rollemberg, como a ex-governadora do Distrito Federal Maria de Lourdes Abadia. Ele tem repetido que a única coisa capaz de o levar a deixar o PSDB é a aliança do partido com o PSB, costurada pela Executiva nacional.

Ao perder a liderança do DEM na Câmara dos Deputados, no último dia 6, Alberto Fraga manifestou se sentir traído pelos colegas. O episódio de chateação o levou a flertar com outras agremiações, como o MDB. Segundo o deputado federal, ele não tomou uma decisão ainda.

Por outro lado, Ronaldo Fonseca confirma que pretende deixar o Pros. Segundo o parlamentar, um partido “forte” flerta com ele. “É possível que [a troca] ocorra dentro da janela”, pontua.

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Alberto Fraga, presidente do DEM-DF, também passa por momentos difíceis. Ele se sentiu traído por colegas por ter perdido a liderança da sigla na Câmara dos Deputados. Depois, chegou a flertar com o MDB. Ele manifesta interesse em ser candidato a governador
À frente do PSD-DF, Rogério Rosso diz não ter desejo de mudar de partido. Para ele, é preciso ter cautela na escolha da agremiação. "Partido político é coisa séria, tem sua filosofia, plano de trabalho e ideologia. Não dá para mudar de partido como muda de roupa", critica
Ronaldo Fonseca anuncia a intenção de deixar o Pros. O parlamentar conta que um partido “forte” o procurou e ele está estudando a mudança. “É possível que ocorra dentro da janela”, pontua
Presidente do PP-DF, Rôney Nemer afirma estar satisfeito com a sigla. Segundo ele, inclusive, o partido tem sido muito procurado por aspirantes a candidato
Bancário aposentado, Augusto Carvalho ficou fora da próxima bancada da Câmara dos Deputados
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Presidente do PSDB-DF, Izalci Lucas pretende encabeçar a chapa com aliados

PSDB/Divulgação
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Alberto Fraga, presidente do DEM-DF, também passa por momentos difíceis. Ele se sentiu traído por colegas por ter perdido a liderança da sigla na Câmara dos Deputados. Depois, chegou a flertar com o MDB. Ele manifesta interesse em ser candidato a governador

Daniel Ferreira/Metrópoles
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À frente do PSD-DF, Rogério Rosso diz não ter desejo de mudar de partido. Para ele, é preciso ter cautela na escolha da agremiação. "Partido político é coisa séria, tem sua filosofia, plano de trabalho e ideologia. Não dá para mudar de partido como muda de roupa", critica

Michael Melo/Metrópoles
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Ronaldo Fonseca anuncia a intenção de deixar o Pros. O parlamentar conta que um partido “forte” o procurou e ele está estudando a mudança. “É possível que ocorra dentro da janela”, pontua

Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
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Presidente do PP-DF, Rôney Nemer afirma estar satisfeito com a sigla. Segundo ele, inclusive, o partido tem sido muito procurado por aspirantes a candidato

Michel Melo/Metrópoles
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Bancário aposentado, Augusto Carvalho ficou fora da próxima bancada da Câmara dos Deputados

Arquivo pessoal/Reprodução
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Laerte Bessa também revela ser contra o mecanismo legal de troca de agremiação sem caracterizar infidelidade partidária. "Se você está em um partido, você se filiou porque se adapta. Então, não tem necessidade. Aqui no Brasil virou uma bagunça", dispara

Michael Melo/Metrópoles
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A deputada federal Erika Kokay é presidente do PT-DF

Agência Câmara/Divulgação

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