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Senado: eleitores rejeitaram figurões da política nas eleições 2018

Confira a lista de políticos que não passaram pelo crivo das urnas neste domingo e perderam o mandato na Câmara Alta brasileira

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
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1 de 1 Michael Melo/Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Ex-presidentes da República, ex-presidentes de uma das casas do Congresso Nacional, ex-líderes de governos e ex-ministros de Estado não conseguiram garantir uma vaga no Senado Federal – e consequentemente foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal (STF) – nas eleições deste ano. Os brasileiros rejeitaram figurões que há anos detêm os holofotes da política nacional. Veja alguns casos:

Dilma Rousseff (PT), ex-presidente da República

Modo Operante Produções/Divulgação

Presidente eleita no pleito de 2014 e alvo de processo de impeachment em 2016, a petista Dilma Rousseff vinha sendo cotada como uma das próximas senadoras da República por Minas Gerais. Liderou as pesquisas de intenção de voto durante a campanha eleitoral, contudo, neste domingo (7/10), foi preterida pelos eleitores mineiros, que elegeram Rodrigo Pacheco (DEM) e Carlos Viana (PHS).

Linddbergh Farias (PT), senador

Edilson Rodrigues/Agência Senado

Outro que está fora da próxima legislatura do Senado Federal é o atual senador pelo PT do Rio de Janeiro Lindbergh Farias. Ex-deputado federal por dois mandatos e ex-prefeito por duas vezes de Nova Iguaçu (RJ), ele chegou ao Senado em 2011 e, neste ano, tentou a reeleição. Também amargou o terceiro lugar na disputa, ficando atrás de Flávio Bolsonaro (PSL), filho do presidenciável Jair Bolsonaro, e do ex-prefeito fluminense Cesar Maia (DEM).

 

Beto Richa (PSDB), ex-governador do Paraná

Ricardo Almeida / ANPr

Preso em setembro, durante quatro dias, por suspeitas de desvios de recursos em obras do governo do estado, quando governava o Paraná, o ex-governador do estado Beto Richa acabou na sexta posição da corrida às duas cadeiras do estado no Senado Federal. Ao votar, na manhã deste domingo, ele disse ter sido vítima de uma “barbárie”, referindo-se à operação da Polícia Federal que o levou à cadeia em plena campanha eleitoral.

 

Roberto Requião (MDB), ex-governador do Paraná

Rafaela Felicciano/Metrópoles
Os paranaenses também negaram vaga no Senado a outro ex-governador do estado, o senador emedebista Roberto Requião. Isolado no partido, ele se posicionou contra o impeachment de Dilma Rousseff e tem se mantido como opositor ferrenho do governo de Michel Temer. Porém, durante toda a campanha, aparecia como o primeiro colocado nas pesquisas eleitorais. Acabou em terceiro lugar: posição que creditou ao “efeito Bolsonaro”. No Paraná, foram eleitos ao Senado o Professor Oriovisto Guimarães (Podemos) e Flávio Arns (Rede).

 

Edison Lobão (MDB), ex-governador, ex-ministro e senador

 

Ex-ministro de Minas e Energia do governo Dilma e ex-governador do Maranhão, o senador emedebista Edson Lobão também não conseguiu manter a vaga no Senado. Além do desgaste que todos os integrantes da gestão da petista tiveram com o impeachment, Lobão é acusado pela Lava Jato de ter recebido R$ 5 milhões em propina da Odebrecht, enquanto ministro, supostamente para interferir na concorrência pela Usina Hidrelétrica de Jirau. Acabou a corrida eleitoral na quarta posição.

 

Sarney Filho (PV), ex-ministro

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Filho do ex-presidente José Sarney e ex-ministro de Michel Temer, Sarney Filho – o Zequinha Sarney – amargou a terceira posição na corrida ao Senado pelo Maranhão. Foi preterido pelos maranhenses, que elegeram Weverton (PDT) e Eliziane Gama (PPS) como os próximos representantes do estado na Câmara Alta.

 

Eduardo Suplicy (PT), ex-senador e vereador por São Paulo

Marcos Oliveira/Agência Senado
As pesquisas de intenção de voto davam como certo o retorno do ex-senador petista Eduardo Suplicy às fileiras do Senado Federal. Ele liderava as sondagens no estado. Mas acabou a disputa em terceiro lugar, atrás de Mara Gabrilli (PSDB) e Major Olímpio (PSL), um dos coordenadores da campanha do presidenciável Jair Bolsonaro.

 

Marconi Perillo (PSDB), ex-governador de Goiás 

Beto Barata/PR
Quatro vezes governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) amargou a quinta colocação da disputa ao Senado Federal por seu estado natal. A derrota é creditada ao fato de ele ter virado réu em setembro, acusado de corrupção passiva, por supostamente ter recebido recursos ilícitos para beneficiar a Delta em contratos entre 2011 e 2012. Os goianos elegeram Vanderlan (PP) e Jorge Kajuru (PRP).

Magno Malta (PR), senador

Rafaela Felicciano/Metrópoles

Os eleitores do Espírito Santo não reelegeram o senador Magno Malta (PR), que chegou a ser convidado para vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL). Malta acabou ficando em terceiro lugar na corrida eleitoral. Representarão o estado no Senado Fabiano Contarato (Rede) e Marcos do Val (PPS).

 

Cristovam Buarque (PPS), ex-governador do DF, ex-ministro e atual senador

Vinicius Santa Rosa/Metrópoles

Ex-governador do Distrito Federal, ex-ministro da gestão Lula e senador por dois mandatos, Cristovam Buarque ficará de fora do Senado Federal a partir do próximo ano. Os brasilienses o preteriram à ex-jogadora de vôlei Leila (PSB) e ao atual deputado federal Izalci Lucas (PSDB).

Eunício Oliveira (MDB), ex-ministro, ex-deputado federal e atual presidente do Senado

Michael Melo/Metrópoles

Os cearenses também negaram a renovação de mandato de senador ao atual presidente do Senado, Eunício Oliveira. Embora estive em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, neste domingo ele acabou no terceiro lugar, perdendo o posto para Eduardo Girão (Pros) e Cid Gomes (PDT), ex-governador cearense e irmão do presidenciável Ciro Gomes (PDT), que foi o melhor colocado na disputa ao Planalto no Ceará.

 

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