Sem definição de alianças, PDT lança Ciro ao Planalto nesta sexta
Na cerimônia, o partido apresentará o programa de governo que tem sofrido contínuas alterações para atrair apoiadores
atualizado
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O Partido Democrático Trabalhista (PDT) oficializa nesta sexta-feira (20/7) a candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. Os integrantes da legenda membros do partido vão referendar a decisão em convenção nacional em Brasília. A realização do evento ocorre no primeiro dia do período permitido pela Justiça Eleitoral (20 de julho a 5 de agosto). É uma sinalização às demais correntes de que o PDT almeja fechar alianças, mas com o cearense encabeçando a chapa.
Ciro buscou apoio de oito partidos. Além do PSB e do PCdoB (relutantes por conta da situação jurídica do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva — PT), o pedetista sondou o Centrão, grupo de partidos formados por DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade, que acabaram fechando apoio à candidatura do tucano Geraldo Alckmin nesta semana, em decisão ainda a ser formalizada.
À espera do apoio dessas legendas, o PDT lança Ciro sem um nome para compor a chapa como candidato a vice. Na convenção, o PDT vai apresentar uma prévia do programa de governo. O documento tem sido adaptado para chamar atenção dos partidos sondados por Ciro para compor coligação.
Terceira tentativa
Ciro Gomes é ex-governador do Ceará e ex-ministro dos governos Lula (Integração Nacional) e Itamar Franco (Fazenda). O PDT é o sétimo partido de sua carreira. Ele também passou por PDS, MDB, PSDB, PPS, PSB e Pros.
Caso se confirme, será a terceira vez que Ciro Gomes disputa a Presidência. Ele concorreu ao Planalto em 1998 e 2002. Nas duas ocasiões, ficou em terceiro lugar.
Na primeira vez, perdeu para Fernando Henrique Cardoso (PSDB) no primeiro turno. O ex-presidente Lula ficou em segundo lugar. Na segunda, o petista venceu, em segundo turno disputado com José Serra (PSDB).