PT tenta desfazer acordo que define Josué Gomes como vice de Alckmin
O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), oferecerá para empresário vaga na disputa pela reeleição no governo mineiro
atualizado
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O Partido dos Trabalhadores (PT) trabalhará para que o empresário Josué Gomes (PR) não aceite ser candidato a vice-presidente na chapa do ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) nas eleições deste ano. Na segunda-feira (23/7), o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), deve se encontrar com o dirigente para oferecer a vaga de vice na disputa pela reeleição no governo mineiro.
Pimentel vai argumentar com Josué Gomes valer mais a pena compor uma chapa estadual com chance de vitória, na visão do atual governador, a uma coligação nacional para presidente, que no melhor cenário das pesquisas de intenção de voto, não ultrapassa 7%.
Na quinta-feira (19/7), o Partido da República (PR) de Josué os outros partidos do Centrão encaminharam um acordo com o PSDB no qual o empresário seria vice do tucano.
Nesta sexta-feira (20/7), a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, disse que ouviu do próprio empresário a promessa de que ele não aceitaria ser candidato a vice de outra pessoa, apenas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado pela Operação Lava Jato.
“A última vez que conversamos com o Josué, ele disse que seria vice de só uma pessoa, Luiz Inácio Lula da Silva”, afirmou. Segundo ela, a conversa ocorreu cerca de um mês atrás. “Ele é do PR. O partido já definiu a aliança em que está”, completou a senadora.
A presidente do PT definiu a possível aliança entre Alckmin e o Centrão como um pacto das velhas forças políticas brasileiras. “Esta é uma aliança que retoma o pacto das velhas elites brasileiras. Representantes da Globo, do sistema financeiro e de quem deu o golpe para continuar a retirada de direitos e a entrega do País”, disse Gleisi. A estratégia do PT é polarizar com Alckmin e carimbar nele a imagem de representante do governo de Michel Temer. Segundo a parlamentar petista, a aliança vai carregar o passivo de ter apoio de Temer (MDB).
“Brincaram comigo que eles têm muito tempo de TV. Eu disse que vão precisar de mais tempo ainda para justificar toda a lambança que fizeram no Brasil. O Alckmin, por exemplo, justificar porque apoiou o Temer”, disse Gleisi.
“Para nós, ele tinha dito que não aceitaria. Esperamos que ele cumpra a promessa”, acrescentou o ex-ministro petista Gilberto Carvalho.