PT aciona Polícia Federal contra “fábrica de fake news de Bolsonaro”
Petição menciona que o TSE já ordenou a retirada de mais de 100 links de fake news contra a coligação “O Povo Feliz de Novo”
atualizado
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Nesta quarta-feira (17/10), a assessoria jurídica da coligação “O Povo Feliz de Novo”, do candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, entrou com pedido de investigação junto à Polícia Federa contra o que chamou de “indústria de mentiras e incitação à violência nas redes sociais”, que a legenda atribui ao candidato Jair Bolsonaro (PSL) e seu vice, Hamilton Mourão.
O documento solicita que a Polícia Federal investigue a campanha de Bolsonaro com relação a, segundo a coligação do petista, quatro eixos principais de irregularidades: “a utilização deliberada de notícias sabidamente falsas (fake news); a doação não declarada de verbas do exterior; propaganda eleitoral paga na internet e, por fim, a utilização indevida do whatsapp”, coloca a assessoria jurídica.
A petição menciona que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já ordenou a retirada de mais de 100 links de fake news contra a coligação, somando mais de 146 mil compartilhamentos e 20 milhões de visualizações.
Mesmo assim, dizem os advogados da coligação, “o volume de notícias falsas que circulam nas redes sociais não para de se avolumar, como atestam as principais agências de checagem de fatos do país”.
“As dez principais fake news elencadas pela Agência Lupa, por exemplo, são favoráveis a Jair Bolsonaro, cenário semelhante ao atestado pela Boatos.org. Além disso, o próprio Bolsonaro e seus filhos, nas redes sociais e em rede nacional de televisão, utilizam-se indiscriminadamente de mentiras, boatos e fake news contra Fernando Haddad, conforme comprovam decisões recentes do TSE”, ressalta o documento.
A coligação também solicita que a Polícia Federal investigue a possibilidade de que a campanha do candidato do PSL esteja atuando em conjunto com estrangeiros sem transparência e sem prestação de contas, o que configuraria uma doação de fonte vedada.
Steve Bannon
“Há fortes indícios, inclusive com postagens em redes sociais do filho de Bolsonaro, da participação de Steve Bannon, responsável pela estratégia de redes de Donald Trump, na campanha de Bolsonaro”, destaca a petição.
Por fim, a coligação solicita que Bolsonaro seja investigado por utilização indevida do whatsapp. “Há fortes indícios de que uma estrutura de desinformação vem sendo utilizada pela campanha de Bolsonaro ou por pessoas a ela ligadas para criar e propagar fake news”, diz o documento.