PSol entra com representação na PGR contra Eduardo Bolsonaro
Partido pede que o parlamentar seja investigado por eventuais crimes que ele possa ter praticado em declaração sobre intervenção no STF
atualizado
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O PSol protocolou nesta segunda-feira (22/10) uma representação junto à Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). O partido pede que o parlamentar seja investigado por eventuais crimes que ele possa ter praticado ao afirmar que para fechar o Supremo Tribunal Federal (STF), basta “um soldado e um cabo”.
No texto apresentado à PGR, o PSol afirma que o parlamentar “teria atentado contra o Estado de direito, ameaçado contra a democracia e ido contra as instituições constitucionalmente estabelecidas”.
Na representação, o partido pede que o Ministério Público Federal (MPF) instaure inquérito para apurar eventuais ilícitos e crimes praticados pelo deputado do PSL. “As declarações são gravíssimas por si só”, afirma o PSol em nota. Para a legenda, o período eleitoral agrava ainda mais as citações.
“Espero que a PGR proponha medidas exemplares para defender o Estado Democrático de Direito”, afirmou, em nota, o presidente nacional do partido, Juliano Medeiros.
As declarações de Eduardo Bolsonaro
Durante palestra em um cursinho preparatório para concursos públicos, o filho do presidenciável e deputado federal reeleito por São Paulo disse que para fechar o STF bastava “um soldado e um cabo”.
“O STF vai ter que pagar para ver. E aí, quando ele pagar para ver, vai ser ele contra nós. Você está indo para um pensamento que muitas pessoas falam, e muito pouco pode ser dito. Mas, se o STF quiser arguir qualquer coisa, ‘recebeu uma doação ilegal de 100 reais do ‘José da Silva’ e então impugna a candidatura dele’, eu não acho isso improvável, não. Mas aí vai ter que pagar para ver. Será que eles vão ter essa força mesmo? O pessoal até brinca: ‘Se quiser fechar o STF, sabe o que você faz? Não manda nem um jipe. Manda um soldado e um cabo. Não é querer desmerecer o soldado e o cabo, não”, diz, em tom de ameaça ao Judiciário.