Pré-candidato do PRTB ao GDF promete auditoria nas contas locais
O partido filiou, nesta sexta (6/4), os coronéis Guilherme Trotta e Luiz Coimbra como concorrentes ao Buriti nas eleições de outubro
atualizado
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Na véspera de acabar o prazo para desincompatibilização partidária, políticos e legendas se movimentaram nesta sexta-feira (6/4), de olho nas eleições. Entre eles, o Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), o qual oficializou a filiação de 10 novos nomes, como os da chapa que concorrerá ao Governo do Distrito Federal (GDF) e futuros candidatos ao Senado e à Câmara. A assinatura das inscrições foi feita na sede do partido, no Lago Sul, e oficializada pelo presidenciável Levy Fidelix, presidente nacional da sigla.
Átila Maia, ex-secretário-executivo do Ministério da Pesca e Agricultura no governo Dilma, é um dos estreantes na legenda. Ele concorrerá a uma cadeira no Senado Federal em outubro, pelo DF. Os coronéis Guilherme Trotta e Luiz Coimbra, por sua vez, serão os nomes do PRTB na disputa do Executivo local, como governador e vice, respectivamente.“Precisamos agir para deixar alguma coisa boa para nossos filhos e netos”, disse Maia após ser apresentado por Fidelix, num breve discurso. “A mudança que queremos ver no Brasil está em nós”, emendou.
Trotta, por sua vez, prometeu um governo “linha-dura” caso chegue ao Buriti e indicou que fará uma varredura nos cofres públicos do GDF. “A primeira coisa será fazer uma auditoria nas contas do governo. Nós vamos precisar de dinheiro para arrumar a saúde, a educação e a segurança. Não sei onde, mas vamos arrumar”, afirmou. Ao lembrar a situação da segurança pública e do crime “desorganizado”, nas suas palavras, no Brasil, ele chegou a aventar a possibilidade de espelhar no Distrito Federal a intervenção militar do Rio de Janeiro. “Chamo as Forças Armadas mesmo. Não tem isso de esquerda e direita, não. Eu sou direita”.
Sair do “nanismo”
Além de no DF, o PRTB tem candidatos ao governo no estados do Acre, Amazonas, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Roraima e Bahia – nos dois últimos, na visão de Fidelix, com “chances reais” nas urnas. “A Bahia é o quarto maior colégio eleitoral do país. E, com os outros candidatos enrolados com denúncias de corrupção, o caminho fica aberto para a gente”, disse o presidenciável. ACM Neto (DEM), prefeito de Salvador, anunciou, nesta sexta-feira, sua desistência em disputar o governo baiano.
“É o que chamamos de estado estratégico. Assim, sairíamos do ‘nanismo’ para nos tornarmos um partido de plano médio”, avaliou. Ele aproveitou para falar da própria candidatura. “Sou um candidato geralmente visto como de poucas chances. Mas, por isto, meu nome é forte: porque todos os outros estão envolvidos em questões da [Operação] Lava Jato. Eu sou um nome ‘blindado’, uma verdadeira renovação”, afirmou.
Nas eleições de 2014, Levy Fidelix teve 446.708 votos (0,43% do total). Este ano, no entanto, ele acredita que, mesmo com pouco mais de R$ 4 milhões de verba, terá nas urnas resultado mais feliz, principalmente por causa da mudança na lei de financiamento de campanhas, aprovada em setembro do ano passado.
“Em 2014, tive quase 500 mil votos, gastando apenas R$ 350 mil, com 55 segundos de tempo de TV, enquanto a Dilma [Rousseff] precisou de R$ 350 milhões para ter 54 milhões de votos. Faço com R$ 4 milhões o que outros candidatos não fazem. Cada voto meu custou R$ 0,70 nas últimas eleições. Para a Dilma, R$ 10”, comparou.