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Por apoio do PT em Pernambuco, PSB rifa candidatura em Minas Gerais

Márcio Lacerda não será lançado ao governo mineiro. Acordo gera insatisfações dentro dos dois partidos

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Gualter Naves/Agência Estado
Entrevista com Marcio Lacerda, prefeito de Belo Horizonte. Fotos dos comites dos candidatos ao governo de Minas, Antonio  Anastasia e Helio Costa
1 de 1 Entrevista com Marcio Lacerda, prefeito de Belo Horizonte. Fotos dos comites dos candidatos ao governo de Minas, Antonio Anastasia e Helio Costa - Foto: Gualter Naves/Agência Estado

O acordo eleitoral entre PSB e PT não atingiu apenas a candidatura da vereadora Marília Arraes ao governo de Pernambuco. Em Minas Gerais, os socialistas não vão lançar Márcio Lacerda ao governo local e apoiarão a reeleição de Fernando Pimentel (PT). O presidente do PSB, Carlos Siqueira, reuniu-se com o Márcio Lacerda nesta quarta-feira (1/8) e acertou os pontos do acordo.

A decisão petista foi confirmada após o sinal verde do diretório nacional do PSB. Com o acordo, o partido vai optar pela neutralidade na disputa presidencial.

A executiva nacional do PT decidiu que vai apoiar as candidaturas do PSB aos governos de quatro estados. Em Pernambuco, os petistas vão apoiar a candidatura de Paulo Câmara. No Amazonas, David Almeida. No Amapá, o PT vai compor chapa com João Capiberibe. Na Paraíba, com Lígia Feliciano.

O acordo, no entanto, gera insatisfações dentro dos dois partidos. Apesar de comemorado pela cúpula do PT, por demonstrar que a candidatura de Lula não está isolada, integrantes da base do partido acreditam que o acordo com o PSB é instável e insatisfatório. Petistas alegam que o PSB entrega pouco ao se declarar neutro, de acordo com fontes ouvidas pelo Metrópoles.

Por outro lado, no PSB, o acordo também não satisfaz. Membros do partido lamentam que a candidatura de Márcio Lacerda, considerada preciosa, seja sacrificada no processo eleitoral.

O acordo é uma derrota para o candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes. Nas últimas semanas, ele cortejou os socialistas para uma aliança nacional em torno à sua candidatura.

O acordo reflete diretamente nas eleições no Distrito Federal. O governador Rodrigo Rollemberg espera um acordo com o PDT na formação de seu palanque na disputa pela reeleição. Mas Rollemberg perde fôlego na negociação com os caciques pedetistas, visto que a contrapartida da aliança no DF seria justamente o apoio do PSB à campanha de Ciro Gomes. Na terça-feira (31/7), o governador do Distrito Federal fez mais uma investida ao presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, para sinalizar a aproximação. Foi em vão.

Leia a íntegra da resolução do PT:

“Resolução sobre tática eleitoral

O Partido dos Trabalhadores, por meio de resolução do Diretório Nacional de dezembro de 2017, decidiu conferir prioridade absoluta à candidatura do companheiro Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República.

A primazia do projeto nacional nas eleições de 2018 foi reiterada em sucessivas resoluções do Diretório Nacional e da Comissão Executiva Nacional, orientando e vinculando a este projeto as alianças nos estados.

Com o objetivo de fortalecer a unidade do campo popular em torno da candidatura Lula, e na perspectiva de construir as condições políticas para que uma aliança progressista governe o país a partir de janeiro de 2019, a direção do PT desenvolveu intenso diálogo com outros partidos, prioritariamente PSB e PCdoB, com os quais temos vínculos históricos.

PSB e PCdoB estão entre os cinco partidos que assinaram conosco, por meio das fundações partidárias, o manifesto programático Unidade para Reconstruir o Brasil. Nestas eleições, já estamos juntos na Bahia, Acre, Ceará e Maranhão, e trabalhando para constituir alianças no maior número possível de estados.

O PT entende que a unidade do campo popular é necessária para superarmos a profunda crise do país, reverter a agenda do golpe e retomar o projeto de desenvolvimento com inclusão, onde o povo e os trabalhadores voltem a ser o centro das ações de governo.

Nessa perspectiva, o PT decide incorporar-se às campanhas em que esses aliados históricos disputam governos estaduais, criando as condições para ampliar nacionalmente o apoio à candidatura Lula.

Diante disso, a Comissão Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores, com base no Artigo 159 do Estatuto do PT e cumprindo as resoluções do Diretório Nacional sobre a candidatura do companheiro Lula à Presidência da República, resolve, como diretriz estabelecida por esta instância:

1) Apoiar, nos estados do Amazonas, Amapá, Paraíba e Pernambuco, os candidatos a governador do PSB, assim como já apoiamos a candidatura do PCdoB no Maranhão;

2) Formalizar este apoio por meio da integração do PT às respectivas coligações majoritárias;

3) Formalizar o convite ao PROS para integrar a coligação nacional em torno da candidatura Lula.

Brasília, 1º de agosto de 2018

Comissão Executiva Nacional do PT”

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