PHS indica criminalista Castellar Modesto para vice de Marina Silva
Ex-procurador-geral de Justiça de Minas Gerais concorre com Maurício Rands, do Pros, e três nomes da Rede
atualizado
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A presidenciável Marina Silva, da Rede Sustentabilidade, recebeu nova sugestão de candidato a vice. O PHS indicou o advogado criminalista Castellar Modesto Guimarães Filho para compor a chapa com a ex-ministra do Meio Ambiente.
Guimarães se enquadra no perfil traçado pela Rede para o cargo, mas ainda não há definição sobre coligações em torno de Marina. A Rede ainda não fechou alianças com outros partidos e tende deixar o anúncio do vice para as vésperas da convenção nacional, marcada para o dia 4 de agosto.
Em entrevista exclusiva ao Metrópoles, os porta-vozes nacionais da Rede, Laís Garcia e Pedro Ivo Batista, revelaram nesta quarta-feira (25/7) a sugestão do nome de Guimarães pelo PHS. O representante do Partido Humanista da Solidariedade foi procurador-geral de Justiça de Minas Gerais (1991/95) em um dos governos de Hélio Garcia (PHS).
Por enquanto, além do criminalista, a Rede tem outros quatro nomes para a vaga. O Pros apresentou o ex-deputado Maurício Rands, de Pernambuco. Ex-petista, atualmente é secretário de Acesso a Direitos e Equidade da Secretaria Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA).
“Castellar e Rands são honrados e prestaram serviços de alta relevância para a sociedade, mas ainda não há definição sobre quem será o vice”, afirmou Pedro Ivo Batista.
Os dois porta-vozes também reafirmaram alguns critérios usados pelo partido de Marina nas conversas com outras legendas. “Continua valendo uma resolução do ano passado. As alianças devem ser programáticas e as pessoas precisam ter trajetória ilibada, ficha limpa, agir com ética na política e compromisso com o desenvolvimento sustentável. Há, ainda, a possibilidade de que o vice seja da Rede”, disse Batista.
Se a opção for por uma chapa “puro-sangue”, despontam como possíveis candidatos a vice o economista-chefe do Instituto Ayrton Senna, Ricardo Paes de Barros, o deputado Miro Teixeira (Rede/RJ) e o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello.
Mesmo sem fechar alianças, enquanto a data da convenção não chega, a Rede prossegue as conversas com as direções nacionais de cinco partidos: PMN, Podemos, PV, Pros e PHS.
Nesses movimentos, a novidade dos últimos dias é a aproximação com o PV. Os principais interlocutores do Partido Verde com a legenda de Marina são o ex-deputado Eduardo Jorge (SP), candidato ao Planalto pela sigla em 2014, e o presidente do PV no Distrito Federal, Eduardo Brandão.
Alianças nos estados
Na entrevista ao Metrópoles, os dois porta-vozes também esclareceram os parâmetros para os acordos regionais. Está acertado, por exemplo, que a Rede terá pelo menos um candidato majoritário em cada unidade da federação.
No Distrito Federal, por exemplo, o deputado distrital Chico Leite ocupará uma das vagas para o Senado na chapa do governador Rodrigo Rollemberg (PSB), candidato à reeleição. Em São Paulo, a Rede apoiará o nome do PMN, Cláudio Fernando de Aguiar, para o Palácio dos Bandeirantes.
“Não estão liberadas as alianças nos estados. O partido tem autonomia para as conversas locais, pois os programas serão variados. Devem levar em conta, por exemplo, as realidades diferentes do semiárido, do cerrado e dos pampas”, declarou Batista.
Nesse sentido, as convenções estaduais da Rede serão realizadas até o dia 3 de agosto e a confirmação dos acordos ainda dependerá de homologação da Executiva Nacional do partido. “Não vamos abdicar do programa e da coerência somente para fazer coalizões, mesmo que essas pudessem trazer dividendos eleitorais. Estamos preparados para sair em aliança apenas com a sociedade”, acrescenta o porta-voz.
Para os estados, essas linhas significam que a Rede orienta as direções regionais a evitar alianças com PT, PSDB e MDB. No caso do PSL, do presidenciável Jair Bolsonaro, os acordos locais estão vetados em qualquer circunstância.
Com esses parâmetros, a legenda pretende passar para os eleitores a mensagem de que Marina Silva está fora do sistema político convencional, controlado por petistas, tucanos e emedebistas. Essa sinalização, avaliam os estrategistas do partido, podem atrair a parcela de brasileiros – mais da metade – que ainda não definiu em quem votar para presidente.