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PDT decide apoiar Rollemberg e abandona candidatura de Pedrosa

Aliança imposta pelo presidente nacional do partido, Carlos Lupi, desagradou pedetistas do Distrito Federal

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Sob fundo da bandeira do Brasil, Rodrigo Rollemberg (PSB), Ciro Gomes (PDT) e Carlos Lupi (PDT) se cumprimentam e sorriem. Eles usam terno - Metrópoles
1 de 1 Sob fundo da bandeira do Brasil, Rodrigo Rollemberg (PSB), Ciro Gomes (PDT) e Carlos Lupi (PDT) se cumprimentam e sorriem. Eles usam terno - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Em clima de constrangimento, o diretório regional do PDT oficializou, nesta segunda-feira (6/8), apoio à reeleição de Rodrigo Rollemberg (PSB) ao Governo do Distrito Federal. A coligação foi imposta pelo presidente nacional do partido, Carlos Lupi, e dividiu a legenda local.

“Tinha uma boa parte que não queria [apoiar o governador], mas é importante ter um palanque aqui para o Ciro [Gomes]”, disse o dirigente pedetista, na sede nacional da agremiação, ao lado do presidenciável e da candidata a vice ao Palácio do Planalto, Kátia Abreu, todos do PDT.

Após encaminhar apoio à candidatura de Eliana Pedrosa (Pros), no domingo (5), a legenda precisou recuar. Lupi desembarcou em Brasília, por volta das 21h do mesmo dia, para reverter a situação. O veto ocorreu porque o Pros decidiu se aliar ao PT e isolar a candidatura de Ciro.

O presidente regional do PDT, Georges Michel, mostrou preocupação com o clima no DF após o anúncio. “A decisão foi do Lupi. Este cenário fica bom para a aliança nacional, mas o grupo está dividido e vamos trabalhar e unificá-lo”, afirmou.

A medida do cacique deixou descontente uma parcela do partido no Distrito Federal. A aliança com Rollemberg foi combatida nos últimos meses por militantes locais. Isso porque, no fim do ano passado, os pedetistas desembarcaram do governo e passaram a fazer duras críticas à gestão do socialista.

Rollemberg vem trabalhando a fim de atrair os pedetistas à chapa. Tendo ao seu lado PV, Rede e PCdoB, o governador buscou respaldo nacional para fortalecer a sua coligação. No sábado (4), chegou a divulgar uma carta de apoio à candidatura de Ciro Gomes. “Vejo com muita satisfação a nossa capacidade de unificar o campo progressista em Brasília”, avaliou o titular do Executivo regional.

Suplência ao Senado
O PDT-DF tinha planos altos para outubro. Começou o ano com a pré-candidatura de Joe Valle ao Palácio do Buriti. No entanto, o deputado distrital desistiu no meio do caminho e, agora, não vai tentar sequer a reeleição. Depois disso, a direção local passou a conversar com outros postulantes, como o ex-secretário de Saúde Jofran Frejat (PR), que também abandou a disputa.

O nome de Peniel Pacheco apareceu como solução caseira no último mês, mas o ex-distrital foi abandonado na reta final das negociações.

Sob tensão, o partido saiu de sua convenção no último sábado (4) sem um acordo. O clima de divisão deu o tom do evento. No domingo (5), os pedetistas davam como certo o apoio a Eliana Pedrosa, mas foram surpreendidos com a viagem de Lupi à capital federal.

Agora, os integrantes do PDT negociam um nome para a primeira suplência de Chico Leite (Rede) ao Senado Federal. De certo, têm garantido a dobradinha com o PV na chapa de deputado distrital. As cinco legendas da coligação decidiram sair juntas na disputa a deputado federal.

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