Partidos definem como vão utilizar fundo eleitoral de R$ 1,71 bi
Todas as legendas são obrigadas a destinar, no mínimo, 30% dos recursos públicos para a campanha de mulheres
atualizado
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Cinco partidos já definiram como vão repartir entre seus candidatos o dinheiro do Fundo Especial de Financiamento de Campanha. Neste ano, R$ 1,71 bilhão sairá dos cofres públicos para custear as campanhas eleitorais.
O MDB, dono da maior fatia, R$ 234 milhões, anunciou no início do mês que não vai dar recursos para as campanhas à Presidência da República e a governos estaduais.
O PP vai garantir R$ 2 milhões a cada candidato à reeleição, como deputado federal. A sigla pretende dar bônus de 2,5% para cada vez que estes parlamentares votaram conforme a orientação da legenda na Câmara. Segundo a resolução, a estratégia é valorizar a fidelidade partidária.
O PSol criou faixas de prioridades entre as regiões do país. As campanhas voltadas ao Governo do Rio de Janeiro e ao Senado pelo Pará têm preferência e, por isso, vão receber mais recursos. O partido definiu que os diretórios estaduais devem estabelecer regras para valorizar candidaturas de negros, indígenas e LGBTs.
O Democratas deve destinar o piso de R$ 2,5 milhões a cada postulante a governador. A direção nacional fica livre para incrementar o valor de acordo com o desempenho do candidato ao longo da campanha.
O PSB só vai direcionar dinheiro para os candidatos a deputado estadual que estiverem apoiando integralmente postulantes do partido à Câmara federal.
De acordo com o professor de Ciência Política da Universidade Federal de Pernambuco Adriano Oliveira, o aumento do poder das cúpulas partidárias é um transtorno trazido pelo financiamento público.
Todos os partidos são obrigados a investir, no mínimo, 30% do Fundo na campanha de mulheres. Mas se o percentual feminino for maior do que isso, a parcela deve ser proporcional. Ou seja, se são 40% de candidatas, elas receberão 40% do Fundo.
O Democratas e o PP, por exemplo, pedem que os postulantes indiquem uma lista de mulheres para quem eles querem destinar nominalmente o recurso extra – inicialmente reservado aos homens.